sexta-feira, outubro 29, 2010

FMI - UMA MAIOR DESGRAÇA?



In «DN Economia» de 29.10.2010

Como se processa a intervenção do FMI

O nervosismo dos mercados em relação a um eventual chumbo do Orçamento do Estado está a multiplicar o número de vozes que admitem a entrada do FMI em Portugal. Caso este cenário se verifique, serão estes os passos que o País terá de atravessar.

1.- Formulação do pedido oficial de ajuda

O Fundo Monetário Internacional (FMI) só actua se houver um pedido expresso de um dos seus membros nesse sentido. E apenas se a situação do país que solicita esta ajuda for realmente complicada no que diz respeito a dificuldades, nomeadamente no campo do financiamento externo. Com a criação do Fundo Europeu para a Estabilidade Financeira, o apoio que o FMI presta aos países da União Europeia passou a ser feito em conjunto pelas duas entidades. Uma situação que se verificou pela primeira vez no apoio que foi concedido à Grécia no Verão.

2.- Análise da situação em que está o país

Assim que é apresentado um pedido formal de auxílio, os técnicos do FMI analisam a situação do país. O apoio só é dado se estiverem reunidas uma série de condições, nomeadamente se o país tem problemas graves de financiamento externo, como se poderá vir a verificar em Portugal, caso o Orçamento do Estado seja chumbado e os juros pedidos pelos investidores para comprar a dívida soberana portuguesa dispararem. Só se estes critérios se verificarem é que a entidade liderada por Dominique Strauss-Kahn avança para o resgate.

3.- Envio de uma equipa do FMI ao terreno

A partir do momento em que é desencadeado o processo de ajuda, o Fundo envia para o território uma equipa de técnicos e especialistas, que acompanham e avaliam no local a situação financeira de quem pede ajuda. A missão desta equipa é trabalhar em conjunto com o Governo no sentido de identificar os principais problemas do país e as medidas de austeridade que terão de ser aplicadas para que o FMI aceite conceder um empréstimo de resgate. É aqui que se definem as já famosas medidas "draconianas" de consolidação das contas.

4.- Assinatura de um contrato de resgate

Depois de definidos os termos e as condições para a ajuda do Fundo, compete ao Governo redigir um memorando de entendimento a ser assinado com o FMI, em que se detalham todos as condições em que será efectuado o empréstimo. É neste documento que têm de constar as medidas "draconianas" - que normalmente passam por corte de salários e de investimento público, ou pelo aumento de impostos ou da idade de reforma - bem como os montantes emprestados, as condições de pagamento e as metas de recuperação financeira.

5.- Efectivação da concessão do empréstimo

Só depois de acertado o memorando de entendimento é que o Fundo concede o empréstimo de resgate. Normalmente os contratos firmados com o FMI têm uma duração de três anos, um período que pode ser alargado, tal como já admitiu Strauss-Kahn no que diz respeito à Grécia. A partir do momento em que o empréstimo é concedido, o efeito é quase imediato nos juros da dívida soberana. No entanto, a intervenção do FMI retira grande parte da credibilidade de um país em termos de mercados internacionais nos anos que se seguem.

6.- Vigilância da evolução económica

Ao longo de todo o tempo que dura o prazo do contrato de resgate financeiro há um acompanhamento permanente por parte dos responsáveis do Fundo à situação do país. As equipas do FMI têm acesso a todos os dados económicos e financeiros internos, passando o Fundo a controlar toda a evolução económica do país. Caso a recuperação não corra como previsto, o FMI pode mesmo impor mais alterações às condições estipuladas inicialmente, por forma a garantir que a consolidação das contas públicas se verifica.

7.- Juros agravam factura da dívida ao Fundo

Uma intervenção do FMI tem, inevitavelmente, uma factura associada. Desde logo o pagamento do montante acordado, com uma taxa de juro estabelecida no momento do empréstimo. O pagamento é feito através de prestações anuais desde o momento da concessão do apoio, o que obriga - de acordo com o que se tem verificado - os governos a arranjar uma receita extraordinária para garantir o pagamento. Além desta factura, há ainda outro custo: o dos efeitos da aplicação das medidas "draconianas" em termos de crescimento e do seu impacto social.

NOTA:- DEPOIS DA LEITURA DESTES 7 ITEMS, PERGUNTA-SE: O POVINHO VÁI SOFRER MAIS DO QUE JÁ VEM SOFRENDO? SERÁ QUE OS GRANDES SENHORES DA POLÍTICA E DO CAPITAL É QUE VÃO SENTIR MAIS EM CIMA DO SEU PELO? SERÁ POR ISSO ESTA RONDA DE TIOS PATINHAS SOBRE O ORÇAMENTO DE ESTADO ESTÁ A DEIXÁ-LOS POSSESSOS? PENSEM BEM NISSO!+

terça-feira, outubro 26, 2010

MEDICAMENTOS SEM PREÇO?


MEDICAMENTOS SEM INDICAÇÃO DO PREÇO, COLOCAM EM CAUSA O DIREITO LEGITIMO À INFORMAÇÃO DOS CONSUMIDORES.
O Governo aprovou um diploma «legal» que elimina das embalagens dos medicamentos comparticipados a indicação dos preços. Se essa medida entrar em vigor, os consumidores deixam de ter ao seu dispor nas embalagens o preço dos medicamentos.
Esta eliminação não irá permitir aos utentes comparar os preços no momento da sua aquisição. É uma medida inesperada (aliás como tantas outras) que nunca tinha sido anunciada pelo Ministéria da Saúde. Como se compreenderá os prejudicados serão (sempre) os que mais necessitam dos medicamentos, nomeadamente os idosos, reformados e doentes crónicos. Esta medida esconde dos consumidores as alterações de preços dos medicamentos.
Ora, as transparência dos preços é um direito dos consumidores em todos os sectores de actividade. Nos medicamentos esse direito é essencial, porque se trata de um encargo inevitável das Famílias.
A confiança dos consumidores nos medicamentos seria gravemente afectada. Apesar dos protestos de várias entidades, representativas de doentes e consumidores, nenhum responsável político foi capaz de dar, até hoje, qualquer explicação pública sobre a medida.
A Assembleia da Repúnlica vai analisar o diploma do Governo. Nesta circunstância, peticiona-se à Assembleia da República que determine a manutenção do preço nas embalagens dos medicamentos comparticipados.
Se pretender juntar-se a este movimento, então recorra ao site:
www.peticaopublica.com/ e assine a petição lá inserida.
NÃO DEIXE PARA OS OUTROS QUE TAMBÉM A SI COMPETE FAZER!

quinta-feira, outubro 21, 2010

A FOME, A CORRUPÇÃO E OS LUXOS...


---" A seriedade deste governo e a cumplicidade de quem paga e se cala... Portugal precisa de jactos executivos para transporte de governantes?
Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não precisamos de nada disso. Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam. Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal. Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica. Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes. Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares. Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter. Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France. Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro.---"
Mário Crespo.
Jornalista

ATENÇÃO À FACTURA EDP...


Factura da EDP
Já toda a gente reparou na factura DA EDP que recebe em Casa? Contribuição Audiovisual pelo valor de 3.42 Euros? E porque temos nós, portuguesinhos, de pagar isto? Eu não pedi nada de Audiovisual... Estou a pagar porquê e para quem? E para onde vai esse dinheiro? E mais grave ainda. Porque é que as escadas de condomínios também pagam OS tais chamados euros para OS audiovisuais. Temos televisão quando subimos as escadas de Casa? E outra, porque é que a casota de campo para apoio agrícola, também paga para OS meios audiovisuais? Só neste País. É O que temos e não há outro.
1 Milhão de facturas dá mais de 3 milhões de Euros...Onde anda esse dinheiro?...Queremos saber...E se me disserem que é para a RTP eu exijo a devolução do dinheiro. Afinal pago a TVCabo para ter TV, outros pagam a TVTel, outros a Cabovisão, etc...mas há mais, e os contadores agrícolas espalhados por esses campos fora cada um a pagar esse imposto, deve ser para as plantinhas ouvirem música... e as explorações agropecuárias... é que os animaizinhos parece que produzem melhor leite, ovos, carne... se calhar até se justifica!? Neste país tudo se paga, até as incompetências dos nossos «desgovernantes».
EXISTE UM DOCUMENTO NA EDP QUE VOCES PODEM PEDIR E PREENCHER, A NÃO AUTORIZAR QUE A EDP FAÇA ESSA COBRANÇA. ISTO JÁ EXISTE HA MUITO TEMPO, BASTA PREENCHER O DITO DOCUMENTO, Nº DO CONTRIBUINTE E B.I., E JÁ ESTÁ! NO MÊS SEGUINTE JÁ NÃO VEM O AUDIOVISUAL PARA PAGAR
PASSEM ESTA NOTÍCIA A TODOS OS VOSSOS AMIGOS. Andamos a ser comidos por parvos e ninguém faz nada...

Um ponto é tudo. A medidazita que faltou

Ferreira Fernandes, DN 2010-09-30

---"Ele é vogal de uma dessas entidades reguladoras portuguesas - insisto, não é ministro de país rico, é um vogal de entidade reguladora de país pobre - e foi de Lisboa ao Porto a uma reunião. Foi de avião, o que nem me parece um exagero, embora seja pago pelos meus impostos. Se ele tem uma função pública é bom que gaste o que é eficaz para a exercer bem: ir de avião é rápido e pode ser económico. Chegado ao Aeroporto de Sá Carneiro, o homem telefonou: "Onde está, sr. Martins?" O Martins é o motorista, saiu mais cedo de Lisboa para estar a horas em Pedras Rubras. O vogal da entidade reguladora não suporta a auto-estrada A1. O Martins foi levar o senhor doutor à reunião, esperou por ele, levou-o às compras porque a Baixa portuense é complicada, e foi depositá-lo de volta a Pedras Rubras. O Martins e o nosso carro regressaram pela auto-estrada a Lisboa. O vogal fez contas pelo relógio e concluiu que o Martins não estaria a tempo na Portela. Encolheu os ombros e regressou a casa de táxi, o que também detestava, mas há dias em que se tem de fazer sacrifícios. Na sua crónica nesta edição do DN, o meu camarada Jorge Fiel diz que o Estado tem 28 793 automóveis. Nunca perceberei por que razão os políticos não sabem apresentar medidas duras. Sócrates, ontem, ter-me-ia convencido se tivesse também anunciado que o Estado passou a ter 28 792 automóveis.---"

segunda-feira, outubro 18, 2010

MUITO SE ESBANJA NO NOSSO PAÍS!


---"Um dia, algures na burocracia europeia, durante uma fiscalização a despesas com a aquisição de material de escritório, os auditores descobriram que o serviço inspeccionado tinha alugado uma cave para nela guardar quantidades sem fim de resmas de papel, canetas, tinteiros, esferográficas, lápis, borrachas, etc,. etc. Encontrava-se ali acumulado material que dava para cobrir as necessidades de dez anos de funcionamento do serviço. Quando questionados sobre tão insólita situação, os dirigentes responderam que os seus superiores hierárquicos sempre lhes tinham dado instruções para, em cada ano, gastarem até ao último cêntimo a totalidade das verbas inscritas no respectivo orçamento, já que não despender as dotações orçamentais a 100% era fundamento para cortes automáticos de verbas no orçamento do ano seguinte.
Noutra ocasião, agora na burocracia portuguesa, no decurso de uma auditoria a um hospital, os auditores encontraram ainda encaixotado todo um equipamento novinho em folha para o bloco operatório. E com surpresa apuraram que o mesmo tinha sido comprado há já alguns anos, por concurso público, dado o seu elevado preço. Instados a justificar a anormalidade da situação, os dirigentes explicaram que a compra tinha sido preparada e decidida pelos anteriores responsáveis do hospital. Mas após a entrega do equipamento a nova administração tinha constatado que, para o instalar, tornava-se necessário realizar obras de vulto no blobo operatório. E era também indispensável dar formação especializada a vários técnicos, para aprenderem a utilizar o novo material. Apesar de repetidos pedidos, o hospital ainda não tinha sido dotado com as verbas necessárias para aqueles dois efeitos.---"
--"situações deste género continuam a repetir-se e permitem compreender porque é que o Estado, demasiadas vezes, gasta tanto dinheiro dos impostos sem o correspondente benefício para os contribuintes. E, portanto, mal gasto.---"
---"Os governantes e os demais responsáveis também ainda não explicaram aos contribuintes para que servem - e porque são alimentadas por dinheiros públicos - mais de 900 fundações e associações e mais de 1.000 empresas estatais e locais.---"
Preâmbulo do livro "COMO O ESTADO GASTA O NOSSO DINHEIRO", de Carlos Moreno. Edição de LEYA.

ISTO SÓ LIDO!


Só 15,00 €
Mas com tanta medida austera, quem tem tempo e cabeça para pensar no tempo a despender e necessário para atenções familiares ou outras? 15€ x 8h= 120€; 120€/dia x 22 = 2640€. Este vencimento é uma fortuna para os nossos governos (português, alemão, Fmi, etc, etc., com estas medidas, com certeza irá receber bastante menos por mês e ainda há-de pagar IRS no ano seguinte,e provavelmente terá de trabalhar 10 ou mais h dia, porque senão pode correr o risco de ao ser avaliado o considerarem que se dedica pouco ao trabalho.
Será assim? Só 15,00 €?
Ora vejam:
Um homem chegou a casa tarde, vindo do trabalho, cansado e irritado, e encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta de casa. Pai, posso fazer-lhe uma pergunta? O que é? Respondeu o homem. Pai, quanto é que você ganha por hora? Isso não é da tua conta. Porque é que estás perguntando uma coisa dessas? Respondeu o Pai em tom agressivo. Eu só quero saber. Por favor, diga-me quanto é que o pai ganha numa hora? "Se queres saber, eu ganho 15,00 € por hora." Ah..." o menino respondeu, com a sua cabeça para baixo. Pai, pode-me emprestar 7,50 €? O pai ficou furioso, "Essa é a única razão pela qual me perguntaste isso? Pensas que é assim que podes conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou alguma outra coisa? Vai para o teu quarto e deita-te. Pensa sobre o quanto estás sendo egoísta. Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades.
O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta. O Pai sentou-se e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do filho. Como ele ousa fazer tais perguntas só para conseguir algum dinheiro? Após cerca de uma hora, o homem tinha-se acalmado e começou a pensar: Talvez houvesse algo que o filho realmente precisava comprar com esses 7,50 € e ele realmente não pedia dinheiro com muita frequência. O homem foi para a porta do quarto do filho e abriu a porta. Estás a dormir, meu filho, perguntou. Não pai, estou acordado, respondeu o filho... Eu estive a pensar, talvez eu tenha sido muito duro contigo à pouco, afirmou o Pai. "Tive um longo dia e acabei descarregando sobre ti. Aqui estão os 7,50 € que me pediste. " O menino levantou-se sorrindo. "Oh, pai obrigado, gritou. Então, procurando por baixo do seu travesseiro, rebuscou alguns trocados amassados. O Pai viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a enfurecer-se novamente. O menino lentamente contou o seu dinheiro, e em seguida olhou para o pai… Por é que queres mais dinheiro se já tinhas algum? Gritou o pai. Porque eu ainda não tinha o suficiente, mas agora já tenho, respondeu o menino. " Pai, eu agora tenho 15,00 €. Posso comprar uma hora do teu tempo? Por favor, chega mais cedo amanhã a casa. Eu gostaria de jantar contigo."
O pai ficou destroçado. Colocou os seus braços em torno do filho, e pediu-lhe desculpa. É apenas uma pequena lembrança a todos vocês que trabalham arduamente na vida. Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente são importantes para nós, os que estão perto do nosso coração. Não te esqueças de compartilhar esses 15,00 € do valor do teu tempo, com alguém que gostas/amas.
Se morrermos amanhã, a empresa para a qual estamos trabalhando, poderá facilmente substituir-nos em uma questão de horas. Mas a família e amigos que deixamos para trás irão sentir essa perda para o resto de suas vidas...

terça-feira, outubro 12, 2010

A FOME, A CORRUPÇÃO E OS LUXOS...


A seriedade deste governo e a cumplicidade de quem paga e se cala ...Portugal precisa de jactos executivos para transporte de governantes?
Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não precisamos de nada disso. Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam. Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal. Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica. Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes. Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares. Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter. Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France. Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro.
Mário Crespo.
Jornalista

segunda-feira, outubro 11, 2010

EU AMO ESTE PAÍS, MAS ELE NÃO ME APOIA!


Um dia destes o homem poderá estar sem emprego... mas coragem de opinião tem-na! E só podemos concordar com ele! Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins. Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas. Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.

AGUENTA POVO BURRO!!!


Isto é demais.
SILVA LOPES, 77 ANOS, NOMEADO ADMINISTRADOR DA EDP RENOVÁVEIS.
Creio que não andamos longe de uma escandaleira nova por semana! Já deve dar para o Guiness... E esta...????
SILVA LOPES, 77 ANOS, NOMEADO ADMINISTRADOR DA EDP RENOVÁVEIS. ENCAMINHAR? CLARO! EU ATÉ ENVIAVA PARA MARTE, JÚPITER, NEPTUNO, PLUTÃO E PARA A LONGÍNQUA ANDRÓMEDA! ISTO, MEUS AMIGOS, NÃO É UMA VERGONHA, É UM ESCÂNDALO!!!
Meus amigos(as), vamos unir esforços e angariar fundos para ajudar o COITADO.
A pouca vergonha continua. Ao que isto chegou! SILVA LOPES, com 77 (setenta e sete) anos de idade, ex-Administrador do Montepio Geral, de onde saiu há pouco tempo com uma indemnização de mais de 400.000 euros, acrescidos de várias reformas que tem, uma das quais do Banco de Portugal como ex-governador, logo que saiu do Montepio foi nomeado Administrador da EDP RENOVÁVEIS, empresa do Grupo EDP. Com mais este tacho dourado, lá vai sacar mais umas centenas de milhar de euros num emprego dado pela escumalha política do governo, que continua a distribuir milhões pela cambada afecta aos partidos do centrão. Entretanto, o Zé vai empobrecendo cada vez mais, num país com 20% de pobres, onde o desemprego caminha para níveis assustadores, onde os salários da maioria dos portugueses estão cada vez mais ao nível da subsistência. Silva Lopes foi o tal que afirmou ser necessário o congelamento de salários e o não aumento do salário mínimo nacional. Claro que, para este senhor, o congelamento dos salários deve ser uma atitude a tomar (desde que não congelem o dele, claro). Quanto a FERNANDO GOMES, mais um comissário político do PS, recebeu em 2008, como administrador da GALP, mais de 4 milhões de euros de remunerações. Acresce a isto um PPR de 90.000 euros anuais, para quando o "comissário PS" for para a reforma. Claro que isto não vai acontecer pois, tal como Silva Lopes, este senhor vai andar de tacho em tacho, tal como esta cambada de ex-políticos que, perante a crise, "assobia para o ar", sempre com os bolsos cheios com os milhões de euros que vão recebendo anualmente. Estes senhores não têm vergonha na cara? Divulguemos mais esta afronta...

domingo, outubro 03, 2010

LER (SEM SORRIR), PENSAR E REPENSAR...


Made in Portugal - Made by Portuguese hands
Publicado por (IN)DIREITA, em 18.JUN.2010
De facto SÓ depende de NÓS, a melhoria do actual estado das coisa, por um lado correr com esta cambada de xulos e por outro comprar o que é efectivamente nosso. Apresento uma história caricata mas retracta bem aquilo que pode ser mudado. Talvez esta história devesse ser enviada a todos os consumidores portugueses (os governantes e responsáveis também consomem, não?):
"O Zé Luso, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã. Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China). Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss). Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas. Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego. Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o Zé Luso decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e PÔS-SE A PENSAR QUAL ARAZÃO PORQUE NÃO CONSEGUIA ENCONTRAR UM EMPREGO EM PORTUGAL…”
O Ministério da Economia de Espanha estimou que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho.