terça-feira, março 24, 2009

A QUEM VAI SERVIR O TGV

Este é o pensamento político que temos (em Portugal):
Estádios de futebol, hoje às moscas, TGV, Novo aeroporto, Nova ponte, Auto-estradas onde bastavam
estradas com bom piso, etc. etc.
A quem na verdade serve tudo isto?
PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM
A QUEM VAI SERVIR O TGV?
1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,
2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E ...CLARO,
3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA ...
OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !
Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas. Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.
Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, constroem aeroportos em cima de pântanos, nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.
O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.
Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.
Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.
Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se: 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma); mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma); mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).
E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.
Cabe ao Governo reflectir. Cabe à Oposição contrapor. Cabe-lhe a si participar.

sábado, março 14, 2009

CARTA DE UMA MÃE ALENTEJANA

Mê querido filho, ponho-te estas poucas linhas que é para saberes que tôu viva. Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receberes esta carta, é porque chegou. Se ela não chegar, avisa-me que eu mando outra. O tê pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorrem a 1 km de casa.Por isso, mudámo-nos p’ra mais longe. Sobre o casaco que querias, o tê tio disse que seria muito caro mandar-to pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim, arranquei os botões e meti-os no bolso. Quando chegar aí prega-os de novo. No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha. O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos. Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua. Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar. O tê Pai ofereceu-se para comprar o tubo. Tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina. Portanto, nã sei se vais ser tio ou tia.O tê mano Antóino deu-me hoje muito trabalho. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive de ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava em baixo. Se vires a Dona Esmeralda, diz-lhe que mando lembranças. Se nã a vires, nã digas nada.
Tua Mãe MarianaPS: Era para te mandar os 100 euros que me pediste, mas quando me lembrei já tinha fechado o envelope.

domingo, março 08, 2009

DEPOIS DA TEMPESTADE

O Grupo de Teatro ARTE VIVA, do Barreiro, estreou ontem, dia 7 de Março, pelas 21,30 horas, no Teatro Municipal do Barreiro, na Rua Vasco da Gama - Centro Comercial Pirâmides. Telefone 212060860, Telemóvel 964787109, a peça de SERGEI BELBEL, intitulada "DEPOIS DA TEMPESTADE". Este espectáculo será apresentado no Teatro Municipal do Barreiro às Quintas, Sextas, Sábados e Domingos pelas 21,30 horas.
Esta peça tem um elenco de luxo, a saber: RUI QUINTAS, PATROCÍNIA CRISTOVÃO, NUNO PAULINO, NUNO MAGALHÃES, HELENA CRUZ, SARA SANTINHO, SUSA MARQUES e ANA SAMORA.
Tradução de Ana Samora e Paula Magalhães; Texto de Sergei Belbel; Encenação de Rui Quintas; Dramaturgia de Paula Magalhães;Direcção de Actores de Paula Magalhães e Rui Quintas; Cenografia de Sara Franqueiro; Desenhos de Som e Música de Nuno Fernandes; Desenho de Luz de Rui Quintas, Ana Paula Pereira e Carolina Viana; Assistente de Encenação de Patrícia Mendes; Design Gráfico de Nuno Fernandes; Operação de Som de Jorge Ferreira; Operação de Luz de Nelson de Castro; etc...
ESTE GRUPO DE TEATRO MERECE SER VISTO E APOIADO.
LEMBREM-SE QUE SE TRATA DO ÚNICO GRUPO DE TEATRO NÃO PROFISSIONAL QUE É RESIDENTE NUM TEATRO MUNICIPAL!
VÃO AO TEATRO! NÃO DÓI, MESMO NADA!

A importância da pontualidade!

Um velho padre foi a um jantar de despedida pelos seus 25 anos de trabalho ininterrupto à frente da Paróquia.
Um importante político da região e membro da comunidade, convidado para entregar o presente e proferir um pequeno discurso, atrasou-se.
O sacerdote decidiu proferir umas palavras e disse:
«A primeira impressão que tive da paróquia decorreu da primeira confissão que ouvi : A primeira pessoa que se confessou disse-me que tinha roubado um aparelho de TV, tinha roubado dinheiro aos seus pais, tinha roubado a firma onde trabalhava e tivera aventuras amorosas com a esposa do patrão.
Dedicara-se ainda ao tráfico de drogas e até tinha transmitido uma doença à própria irmã.
Fiquei assustadíssimo... Pensei que o bispo me tinha enviado para um lugar terrível. Mas fui confessando mais gente, que em nada se parecia com aquele homem...
Constatei a realidade de uma Paróquia cheia de gente responsável, com valores, comprometida com a sua fé.
Vivi aqui os 25 anos mais maravilhosos do meu Sacerdócio.»
Neste momento, chegou o político. O padre passou-lhe então a palavra.
O político, depois de pedir desculpas pelo atraso, disse: «Nunca vou esquecer o dia em que o sr. padre chegou à nossa Paróquia. Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a confessar-me!»
Moral da história: NUNCA SE DEVE CHEGAR ATRASADO.