quarta-feira, dezembro 31, 2008

Thomas Jefferson - Foi há 206 anos, curioso?

..Quote of the Week'I believe that banking institutions are more dangerous to our liberties than standing armies. If the American people ever allow private banks to control the issue of their currency, first by inflation, then by deflation, the banks and corporations that will grow up around the banks will deprive the people of all property until their children wake-up homeless on the continent their fathers conquered. 'Thomas
Jefferson 1802

Traduzindo:
«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.» Thomas Jefferson, 1802
E A HISTÓRIA NÃO SE REPETE??

sábado, dezembro 27, 2008

Nova Sabedoria Popular

1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Sócrates, põe-te a chorar.
2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Sócrates, mais cedo se enterra.
3) Sócrates a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Sócrates lixa-se.
5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Sócrates, tem cem anos de aflição.
6) Gaivotas em terra, temporal no mar; Sócrates em Belém, o povinho a penar
7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Sócrates quem se quer afogar.
8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Sócrates, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.
9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Sócrates é burro mesmo.
10) Peixe não puxa carroça; voto em Sócrates, asneira grossa.
11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Sócrates empossado, povinho atropelado.
12) A ocasião faz o ladrão, e de Sócrates um aldrabão.
13) Antes só que mal acompanhado, o mesmo com Sócrates ao lado.
14) A fome é o melhor cozinheiro, Sócrates o melhor coveiro.
15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Sócrates, não se faz à gente.
16) Boda molhada, boda abençoada; Sócrates eleito, pesadelo perfeito.
17) Casa roubada, trancas na porta; Sócrates eleito, ervas na horta.
18) Com Sócrates e bolos se enganam os tolos.
19) Não há regra sem excepção, nem Sócrates sem confusão.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

JUSTAMENTE

Artigo extraído do “Rostos – on line”, de 21.12.2008,em http://www.rostos.pt/, para o qual além de chamar a vossa especial atenção, peço a competente autorização ao Jornal para publicação no meu blog:
--- "Genoveva Pimpista, Querida GiPor Manuela Fonseca
D. Justa é mandatada por um Mundo cada vez mais torto, corporizado nos Jurados e Munícipes acéfalos e lambe-botas, num representante das forças de segurança ao sabor do poder, todos quase tão repugnantes como as ratazanas doas canos que nos mostram o dente no início da peça (levei-as tão a sério que quase batia no meu convincente amigo Emídio Caboz…). Perante a ingenuidade dos justos que essas horríveis personagens destroem, premeditada e paulatinamente.Há mais de vinte anos, perfizeram-se em Setembro exactamente vinte e quatro, a jovem formadora pedagógica que eu era rumou da novinha Escola Secundária de Santo André para a congénere Alfredo da Silva, investida na função de Delegada à Profissionalização – orientadora local de estágio profissional; os superiores hierárquicos que vinham de Lisboa e centralizavam o trabalho dos vários estabelecimentos de ensino eram denominados, popular e (quase) carinhosamente ventoinhas… Esse labor intenso, esgotante, apaixonante, exigente, na área da Língua Portuguesa, que durou até Julho de 1986, contigo, a Francisca Bastos, a Glória Bastos, a Teresa Maurício (e, durante um ano, o Adelino Alfacinha), habitualmente acompanhadas por dois outros colegas, a Felismina Lourenço e o Joaquim Afonso, já o tornámos conhecido através de escrita publicada. Suponho que o subconsciente levou a minha mão a escrever o parágrafo anterior, quiçá na evocação da Senhora Ministra da Educação – certamente em lapso causado pelo cansaço a que a luta dela, infrutífera, contra os professores, a leva; disse Sua Excelência (quase pasmei ao escutá-la e ainda estou perplexa com a suas palavras) que os professores não são avaliados há trinta anos; valha-lhe Deus. Por mais um pouco, “bons” teriam sido os tempos do Doutor Salazar, com os mestres e outros pedagogos impedidos do exercício da profissão, em avaliação que o ditador, comparsas e bufos (em Escolas, Liceus, Colégios, Institutos e Universidades) faziam das ideias políticas dos melhores daqueles profissionais.Apreciei o vosso merecimento, em equipa, durante dois anos, numa relação de trabalho e respeito (Gi, suponho que fui uma das avaliadoras do grupo referido, e de outros, durante mais de vinte anos…). Após a vossa certificação com professoras profissionalizadas, temos desfrutado de uma AMIZADE de que nos orgulhamos. A que nos levava, com outros colegas da Alfredo da Silva, que saudades, à celebração do querido 25 de Abril, os garotos pela mãos, nas cadeirinhas ou bem guardados em nós. Na altura em que nos encontrámos pela primeira vez, a Beatriz já tinham três dos seus quatro herdeiros – Francisco, Luís, Inês e Filipe – crescidos; pela minha parte, o Rui Manuel (enteado que nos deu um neto, o inimitável David, que, em silêncio, sempre em silêncio, me faz companhia bem engraçada em muitos domingos, com a mãe, Aurora Mousinho, ele sempre ao computador, com muitos – para mim – enigmas informáticos já desvendados pela sua pouca idade) tinha dezasseis anos, o Rui Sérgio completara quatro, o Filipe Manuel arregalava os olhos de oito meses, mais um do que a tua Joana; foram seguidos pelo João, o filho varão da Teresa., o João e o Pedro, os filhotes da Glória; entre eles a Catarina, a menina da Quicas. O tempo andou, a pequenada cresceu, tornou-se ou está a tornar-se autónoma (se a que é adulta ainda não tem o suporte financeiro a que faz jus, perguntemos as razões disso aos larápios de colarinho branco que têm posto o Mundo e o País a saque, embalados pela cumplicidade dos que governam para eles e se vão governando) e hoje trago aqui as tuas Joana e Ana por terem em comum comigo o amor ao Teatro, elas como criadoras, eu como destinatária das mensagens da Arte que mais me toca. Encontro-as na mais recente produção da Companhia Arte Viva, (transformada em Arteviva, feliz interpretação do Sousa Pereira em relação ao o que a mesma coloca em palco, burilada a matéria-prima que lhe dá o mote), Justamente.
Não vou falar da autora da peça nem desta, nem da contextualização social, política, psicológica, histórica nem da globalidade das interpretações (aqui em protesto contra uma tradição, a pedir reforma, que coloca o talento colectivo acima do de cada um, na abordagem do chamado “Teatro Amador” que não sei, sinceramente, o que é; Teatro Amante, sei; já o aprendi em lição do Jorge Cardoso) nem dos recursos postos em cena: por um lado os sábios (então não há quem pense que eles estão só em Bruxelas ou Lisboa?) da cidade já os leram, abordarem, deram-nos belos testemunhos e, por outro, Justamente causa alguns incómodos à minha vida privada. Mas falo do seu encenador, Mestre Jorge Cardoso, genial em quase tudo o que inventa para preencher, com actores, coreografias, sons, cores, aromas, materiais diversos, esquecidos os escassos recurso de que dispõe (quando será agraciado pelo Barreiro, individualmente, em distinção por pertencer aos melhores?) que bem poderia encenar Shakespeare no Old Vic. Como sabes, costumo dizer em Old Vic, como terra Prometida da Representação – um exemplo para os que se pensam iluminados da encenação, fadados por deuses, destino familiar, conta bancária ou arrogância, talvez inata, bem como para os esbanjadores do dinheiro que não lhes custa a ganhar –, homem grande e, por isso, simples. E falo delas, das tuas garotas de quem tu e o Fernando bem se podem orgulhar por serem belas actoras sociais, agora numa peça em que uma é actriz a outra figurinista. Ambas são parte de uma trama que nos arrasa, às vezes diverte e que leva a um final trágico ao qual a personagem de D. Justa, formiguinha obreira da injustiça, instiga e é cúmplice.
D. Justa é mandatada por um Mundo cada vez mais torto, corporizado nos Jurados e Munícipes acéfalos e lambe-botas, num representante das forças de segurança ao sabor do poder, todos quase tão repugnantes como as ratazanas doas canos que nos mostram o dente no início da peça (levei-as tão a sério que quase batia no meu convincente amigo Emídio Caboz…). Perante a ingenuidade dos justos que essas horríveis personagens destroem, premeditada e paulatinamente.(In)Justamente, fora do palco, no Teatro da Vida nas confusões de uma Senhora Ministra, nas ameaças aos professores de uma Senhora Directora Regional, instigadora moral da falta de respeito, agressividade e violência contra eles, nas fábricas e empresas que fecham as portas aos trabalhadores e à produção, nos assaltantes de bancos que não usam armas mas intrigas e jogos de poder, nos subsídios para os donos do Mundo, recolhidos pelos Estados no aperto do cinto das populações, exauridas por tanta rapina. (In)Justamente nos hospitais e em outros locais de saúde que não têm aberturas automática de portas, o que leva doentes, incomodados e doridos pelas suas situações, a bater em todos os obstáculos, (aquelas, paredes, elevadores) e quem os transporta, pouco apoiado, tenha que fazer forças impossíveis a empurrar camas, macas, cadeiras de rodas. (In)Justamente que eu não possa voltar a ver a peça porque qualquer fumo de tabaco, vindo não sei de onde em recinto público e fechado, eventualmente potenciado pelo vapor de água (que, muito bem, nos turva a visão e nos faz sofrer e pensar), não mo permite. (In)Justamente no Desporto que parece uma coisa, engano quase barroco, e é outra, batota atrás de batota.(In)Justamente, na falta de direitos dos mais frágeis, esquecidos pelos que gozam a vida. (In)Justamente contra os que querem Justiça e Paz.
Justamente. Numa Terra melhor, todos a comermos maçãs / bom sabor e fraternidade. Que cheguem depressa, sempre adiadas – o Sousa Pereira já no-las indicou como caminho, e, tal como o disse, repetiu a peça, a Lurdes na entrega, suponho, de um Diploma de Reconhecimento da SFAL na sua 9.ª Mostra de Teatro. O casal bem as comeu, terminada a peça. Com(o) vários de nós, espectadores, orgulhosos do que acabáramos de ver e continuávamos a saborear. Justamente. Com boas pessoas e pessoas de bem, como o pai dos meus enteado e filhos tem com desígnio máximo para eles.
Justamente – que tanta injustiça se regenere na invenção de um presente melhor, nunca mais adiado. Recebe, querida, e dá à Joana, à Ana e ao discreto Fernando um beijo da tuaManuela (Fonseca). (Barreiro, 2 de Dezembro de 2008) ---"

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Acautelemo-nos contra mais este saque

POR FAVOR, ISTO DIZ RESPEITO A TODOS NÓS! REENCAMINHEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL! é preciso ultrapassar o 1.000.000
Levantamentos nas caixas ATM vão custar 1,50€
Os bancos preparam-se para nos cobrarem 1,50 € por cada levantamento nas caixas ATM.
Isto é, de cada vez que levantar o seu dinheiro com o seu cartão, o banco vai almoçar à sua conta. Este 'imposto' (é mesmo uma imposição, e unilateral) aumenta exponencialmente os lucros dos bancos, que continuam a subir na razão directa da perda de poder de compra dos Portugueses.
Este é um assunto que interessa a todos os que não são banqueiros e não têm pais ricos.
Quem não estiver de acordo e quiser protestar, assine a petição e reencaminhe a mensagem para o maior número de pessoas conhecidas.

http://www.petitiononline.com/bancatms/

DIVULGUEM POREMAIL, P.F.
JÁ CHEGA DE SERMOS ROUBADOS PELA BANCA A COBERTO DA LEI.
Eu já o fiz, façam vocês também! Não dói nada !

segunda-feira, dezembro 15, 2008

CONTRA A AVALIAÇÃO BUROCRÁTICA

Como estoirar com a avaliação burocrática sem cometer ilegalidades?

1. Há cerca de 140 mil professores. Com excepção dos membros dos PCEs, que ou não são avaliados ou sê-lo-ão pelas DREs, todos os outros dispõem da liberdade e da responsabilidade de recusarem ser avaliados.
2. Essa recusa aplica-se aos não titulares e aos titulares, aos que o são de facto e aos que o são em comissão de serviço.
2.1. Aplica-se também aos coordenadores de departamento.
3. De acordo com o decreto-lei 15/2007 e o decreto regulamentar 2/2008, um professor que recuse ser avaliado não pode progredir na carreira nesse ano.
4. Não existe mais nenhuma penalização prevista. Como a esmagadora maioria dos docentes não progride este ano na carreira, a penalização é residual.
5. Está nas mãos de todos os professores - porque todos têm o estatuto de avaliados -, recusarem ser avaliados.
6. Não é necessário que os avaliadores recusem avaliar os colegas. Se o fizerem podem estar a incorrer numa violação dos direitos profissionais, visto que faz parte dos conteúdos funcionais dos professores titulares a avaliação dos colegas.
7. Quando o ME e algumas DREs - em especial aquela do Norte -, ameaçam com processos disciplinares estão a referir-se apenas aos avaliadores que recusam avaliar os colegas.
8. Como provei atrás, para estoirar com o modelo burocrático não é necessário que os avaliadores violem conteúdos funcionais.
9. Basta que os avaliadores, à semelhança dos não titulares, recusem ser avaliados.
10. E desta forma simples, o modelo estoira. O ME sabe disse. A ministra também. Por isso é que ela está acabada. O Pedreira também sabe. Todos sabem. E nós também sabemos. É um segredo de Polichinelo.
REENVIEM A TODOS OS QUE CONHECEM POR MAIL!!!!
PROFESSORES OU NÃO, POIS UM NÃO PROFESSOR TEM AMIGOS PROFESSORES.
Esta informação tem de chegar aos 150MIL.
FAZ O MESMO e pede para reenviar.
É a maneira mais simples e barata de acabar com esta palhaçada.
Assim, Deputados faltistas que continuem…. E VEJAM A FIGURINHA QUE FAZEM E ASSIM QUE LHES USEM O SIMPLEX CRIADO PARA NÓS…
ME, que se preocupe em ver como colocou a Educação…
E NÓS… vamos fazer o que mais gostamos… DAR AULAS… SER PROFESSOR…

sexta-feira, dezembro 12, 2008

CARTA ABERTA AO ANÓNIMO INDIGNADO

De um ilustre amigo recebi o texto que passo a transcrever:

Resposta ao Caro anónimo indignado com a indignação dos professores. Nao há como fazer contas..... Está GENIAL!

Genial ironia do colega que se deu ao trabalho de fazer as contas e responder!
Deve ser lido por todos......os portugueses que opinam sem se informarem.
Caros colegas, boa resposta ao Caríssimo indignado que veio aos jornais INDIGNAR-SE contra os professores.
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores, homens (e as mulheres) não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e do que falam.
O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os professores também se possam indignar! Dualidade de critérios deste nosso estimado anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-se de mencionar que também descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado anónimo insurge-se veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de que os professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui.
Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai perdoar-me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas.
O horário semanal de trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns casos até são apenas dez) são destinadas aoseu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24horas são passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuniões, em aulas de substituição, em funções de direcção de turma, de coordenação pedagógica, etc., etc.
Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que estão destinadas ao trabalho que é realizado pelo professor fora da escola (já que na escola não há quaisquer condições de o realizar): preparação de aulas, elaboração de testes, correcção de testes, correcção de trabalhos de casa, correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo, investigação e formação contínua. Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e que cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turmas, mais alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por uma situação média, se não se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de trabalho.
Vamos lá, então, contar:
1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por semana cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana (estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são exactamente iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma também já está a preparar para a outra turma do mesmo nível). Vamos considerar que a preparação de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho. Se o período tiver 14 semanas, como é o caso do 1.º período do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta tarefa.
2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof. Simplício realiza, por período, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado, acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste trabalho.
3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos, isto implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é possível corrigir em tão pouco tempo), demora mais de 104 horas para conseguir corrigir todos os testes, durante um período.4. Correcção de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20 horas (isto é, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o período tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.
5. Correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simplício manda realizar apenas um trabalho de grupo, por período, e que cada grupo é composto por 3 alunos; terá de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas até gargalham, ao verem estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.
6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas).
7. Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou considerar este tempo.
Vamos, então, somar isto tudo: 84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.
Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do período: 11hx14= 154 horas.
Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor trabalhou, no período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido destinadas para o efeito.
Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de descanso tem o professor no Natal.
No próximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar Conselhos de Turma, portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26, 29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas. Então, vamos subtrair às 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351 horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas diárias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simplício tem um crédito sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof. Simplício.
Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo? Mas é isso que o Estado deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar.
Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o nosso prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em dia) significa que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com o prof. Simplício. E ao contrário daquilo que o nosso simpático anónimo afirmava, os professores não descansam muito, descansam pouco!
Veja lá os trabalhos que arranjou: sai daqui a dever dinheiro a um professor. Mas, não se incomode, pode ser que um dia se encontrem e, nessa altura, o amigo paga o que deve.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

A TODOS OS MEUS AMIGOS, FAMILIARES e CONHECIDOS....



Para todos aqueles que em 2008 me enviaram emails dizendo que, se reenviasse, ia ficar rico ou milionário, informo que NÃO FUNCIONOU!
Em 2009 por favor mandem dinheiro, presentes ou vales de gasóleo.

Obrigado.
PS: Não aceito acções do BPN

terça-feira, dezembro 09, 2008

PALAVRA DE DEUS

Diz-se que quando Deus criou o mundo, para que os homens prosperassem, concedeu-lhes duas virtudes.
a.. Aos suíços, fê-los ordenados e cumpridores da Lei.
b.. Aos ingleses, fê-los persistentes e estudiosos.
c.. Aos japoneses, fê-los trabalhadores e pacientes.
d.. Aos italianos, alegres e românticos.
e.. Aos franceses, fê-los cultos e refinados.
E, quando chegou aos portugueses..., voltou-se para o anjo que tomava notas e disse:
Os portugueses vão ser inteligentes, boas pessoas e vão ser do PS ou PSD.
Quando acabou de criar o mundo, o anjo disse a Deus:
"Senhor, deste a todos os povos duas virtudes e aos portugueses três.
Isto fará com que prevaleçam sobre todos os demais!"
Então Deus reflectiu e disse: Tens razão..... bom, como as virtudes divinas não se podem tirar... que os portugueses a partir de agora possam ter qualquer das três, mas que a mesma pessoa não possa ter mais do que duas virtudes de cada vez.
Assim seja que:
1. Português que seja do PS ou PSD e boa pessoa, não pode ser inteligente.
2. O que é inteligente e do PS ou PSD, não pode ser boa pessoa.
3. E o que é inteligente e boa pessoa, não pode ser do PS ou PSD
Palavra de Deus.

Se não enviares isto a todos os teus contactos em menos de 5 minutos, receberás um poster gigante com a cara de Sócrates ou da Manuela Ferreira Leite.
Deus se compadeça da tua alma...
E esta, hein?

sábado, dezembro 06, 2008

Artigo de opinião

Do meu amigo Manuel Cerqueira, recibo o seguinte artigo de opinião, que passo a transcrever, na íntegra - coisa que presumo não venha a contecer com a Imprensa Regional do Barreiro. Aquí vai:

BARREIRO – ALTO DO SEIXALINHO – TERCEIRA TRAVESSIA DO TEJO AS PESSOAS ESTÃO PRIMEIRO – HIPÓTESE A – MENOS POLUIÇÃO
Sofreu e continua a sofrer a população do Concelho do Barreiro, com os terríveis e nocivos gases (poluição) das fábricas da CUF, que durante décadas, envenenaram os corpos dos barreirenses de doenças desconhecidas, mas graves, e que no presente, impedem que os nossos idosos possam usufruir de uma velhice mais capaz, feliz e saudável. A poluição é real e não estamos no futuro, o presente é que se está a tornar... sufocante! Nomeadamente o dióxido de enxofre tende a ultrapassar os valores limite legislados. Com a Terceira Travessia do Tejo, os carros vão ser a principal fonte de contaminação do ar: os gases que saem dos escapes são responsáveis por 40% da poluição nas grandes cidades. Além da energia gasta pelos carros a queima de gasolina liberta um gás chamado monóxido de carbono (CO), respirar este gás faz mal para o coração, provoca náuseas, enjoo, dor de cabeça e prejudica os pulmões.
Hoje, com a proposta – hipótese B – da Câmara Municipal do Barreiro e o “amem” do executivo da junta de freguesia para o traçado da Terceira Travessia do Tejo no Alto do Seixalinho as gerações actuais e futuras vão continuar a sofrer com as graves implicações ambientais, paisagísticas, urbanísticas e de sobrecarga viária (70.000 carros e 328 comboios TGVs, Shuttles e tradicionais) no centro habitacional da freguesia do Alto do Seixalinho. Com a cedência/abandono por parte da Câmara Municipal do Barreiro da primeira opção – hipótese A, as pessoas/moradores da freguesia deixaram de estar primeiro. O que terá levado a autarquia a ceder, e a mudar de opinião? Que interesses se escondem por detrás desta súbita alteração estratégica?
Optar pela hipótese B da Câmara Municipal do Barreiro para o traçado da Terceira Travessia do Tejo (terrenos da autarquia - SMTCB), implica, contudo, afectar ou destruir moradias/vivendas e escolas novas, nomeadamente Padre Abílio Mendes e Augusto Cabrita, e canalizar a grande maioria das emissões de CO2 (30 toneladas/dia) será “despejada” na zona urbana/Hospital – Edifícios muito próximos um dos outros (o que prejudica a dispersão do ar poluído, que se concentra por mais tempo na área afectada).
Esta é (hipótese B), a pior solução ambiental para os moradores da freguesia do Alto do Seixalinho.
Se para a Câmara Municipal do Barreiro e junta de freguesia as pessoas estão realmente primeiro, estão a solução (hipótese A) será a mais equilibrada, numa orientação Norte-Sul de acordo com os ventos dominantes de Norte, no sentido Av. das nacionalizações-IC21, fará naturalmente um maior escoamento do CO2 em direcção à Mata da machada, como já o faz agora.
Precisamos de gente na Câmara Municipal do Barreiro e na junta de freguesia do Alto do Seixalinho que saiba empreender para se libertar! Os responsáveis autárquicos barreirenses deveriam ter um nível de exigência bem mais sólido, quanto ao futuro da qualidade do ar/ambiente no Alto do Seixalinho, para que constituíssem uma garantia real para todos aqueles cidadãos que pretendam no futuro instalar-se na nossa freguesia. A forma como as hipóteses A e B se encontram expressas nas diversas demonstrações, nem sempre são de fácil leitura para os residentes na freguesia, acabando por ser presas fáceis de apetências especulativas de pessoas e organizações sem escrúpulos. Qualquer das duas hipóteses (A e B), apresentam aspectos positivos e negativos. Na minha perspectiva, os responsáveis autárquicos barreirenses devem saber aproveitar as virtudes e procurar alterar as questões que se revelem nocivas para a qualidade de vida e de bem-estar dos moradores do Alto do Seixalinho. Como as pessoas estão primeiro, a opção – hipótese A – Menos poluição, é a melhor, não faz por isso sentido, estimular a hipótese B (defendida pela Câmara Municipal do Barreiro), “não fundamentada em termos ambientais” que outras gerações pagarão com uma saúde mais débil. Com a hipótese A – estarão criadas as condições para que se possa viver num ambiente mais saudável, onde o desenvolvimento sustentável seja uma realidade, como condição para um futuro com qualidade de vida e de bem-estar para todos os seus habitantes.
Será que é uma freguesia como a do Alto do Seixalinho, poluída de monóxido de carbono no interior da sua zona urbana, que queremos deixar, como futuro, para os nossos filhos e netos??? Será que as pessoas estão primeiro na hora da decisão final?

quarta-feira, dezembro 03, 2008

PARA QUE A PLEBE SAIBA:

Fernando Nogueira:
Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola
José de Oliveira e Costa:
Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN) e por enquanto em prisão preventiva
Rui Machete:
Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; Presidente do Conselho Executivo da FLAD
Armando Vara:
Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora - Vice-Presidente do BCP
Paulo Teixeira Pinto:
Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora - Presidente do BCP (Ex. - Depois de 3 anos de 'trabalho',
Saiu com 10 milhões de indemnização !!! e mais 35.000€ x 15 meses por ano até morrer...)
António Vitorino:
Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
Agora -Vice-Presidente da PT Internacional; Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta - (e ainda umas 'patacas' como comentador RTP)
Celeste Cardona:
Antes - Ministra da Justiça
Agora - Vogal do CA da CGD
José Silveira Godinho:
Antes - Secretário de Estado das Finanças
Agora - Administrador do BES
João de Deus Pinheiro:
Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português.
Elias da Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação
Agora - Vogal do CA do BES
Ferreira do Amaral:
Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato.
Etc... etc... etc...
O que é isto? Não, não é a América Latina, nem Angola. É Portugal no seu esplendor . Cunha? Gamanço?... e depois este ESTADO até quer que se declarem as prendas de casamento e o seu valor.
Já é tempo de parar! Não te cales, DENUNCIA!
Passa esta nota e fá-la circular.

domingo, novembro 30, 2008

OS PROFESSORES E OS TRUCIDADOS

Já enjoa a conversa do "modelo de avaliação" dos professores. Até porque, em Janeiro, entra em vigor o SIADAP (parece que é assim que se designa), o "modelo" soviético-albanês destinado a "avaliar" toda a função pública: funcionários, dirigentes e serviços. É com este "modelo" que o secretário de Estado da Administração Pública pretende, eloquentemente e na melhor tradição "iluminista", "trucidar" todos aqueles que não se deixarem "reformar" pelo mencionado "modelo", aplicado indistintamente a todo o Estado como se as "funções" pudessem ser equiparadas umas às outras ou todos "objectivos" a "atingir" se pudessem medir por uma mesma bitola. É suposto, à semelhança do que acontece com os professores, que os "objectivos" sejam "negociados" com os destinatários deles, uma falácia manifesta face ao "universo" a que o "modelo" se destina. Dá-me ideia que a maioria da função pública, humilde e receosa do que aí vem, não se deu conta da tremenda burocracia que se prepara para, na prática, colocar toda a gente contra toda a gente. Os menos escrupulosos e os carreiristas bajuladores (e é o que não falta) têm aqui a sua "nova oportunidade". Todavia, só os senhores professores protestam contra o "modelo de avaliação".
Os outros estão a ver passar os comboios que os hão-de "trucidar". Depois não se queixem.
Publicada por João Gonçalves em http://portugaldospequeninos.blogspot.com/

sábado, novembro 29, 2008

BEBA ÁGUA COM O ESTÔMAGO VAZIO

Para conhecer e praticar!
BEBA água com estômago vazio Hoje é muito popular no Japão beber água imediatamente após levantar, na parte da manhã.
Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores.
Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores.
Para idosos com doenças graves e doenças em tratamento médico, a água tem sido muito bem sucedida.
Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as seguintes doenças: Dores de cabeça, corpo ferido, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma, tuberculose, meningite, aparelho urinário e doenças renais, vómitos, gastrite, diarreia, diabetes, hemorróidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, cancro e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta.
Método de tratamento:
1. Na parte da manhã e antes de escovar os dentes, beber 4 x 160ml copos de água.
2. Lavar e limpar a boca, mas não comer ou beber nada durante 45 minutos.
3. Após 45 minutos, você pode comer e beber normalmente.
4. Após os 15 minutos do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas.
5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 4 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente a quantidade para 4 copos por dia.
6. O método de tratamento cura doenças e outros podem desfrutar de uma vida mais saudável.
A lista que se segue apresenta o número de dias que requer tratamento para curar / controle / reduzir as principais doenças:
1. Pressão Alta - 30 dias
2. Gastrite - 10 dias
3. Diabetes - 30 dias
4. Obstipação - 10 dias
5. Cancro - 180 dias
6. Tuberculose - 90 dias
7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento para apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diariamente.
Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente.
É melhor, se continuarmos com o tratamento, porque este procedimento funciona como uma rotina de nossas vidas Beber água é saudável e dá energia.
Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria.
Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água potável para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar ...!
Para quem gosta de beber água fria, esta secção aplica-se a eles.
É bom beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição, porém, a água fria ou bebida fria solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão.
Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto danificada o intestino.
Muito em breve, isso vai se transformar em gordura e pode nos levar ao câncer. É melhor tomar uma sopa quente ou água quente após cada refeição.
Nota muito grave - perigoso para o coração: As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques cardíacos vão ser uma dor no braço esquerdo.
Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco. Náuseas e sudorese intensa são sintomas muito comuns.
60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem e não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo. Sejamos cuidadosos e estamos vigilantes.
Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência ...
Um cardiologista diz que se todos que receberem esta mensagem, enviá-la a pelo menos uma das pessoas que conhece, pode ter a certeza de que, pelo menos, poderá salvar uma vida.
Ser um verdadeiro amigo e enviar este artigo para todos os seus amigos e conhecidos.
Acabei de fazer isso!

quarta-feira, novembro 26, 2008

Uma "inutil" professora reage!

A INÚTIL"(professora) escreveu a Miguel Sousa Tavares:

Vale a pena ler, .. uma resposta bem dada ..
A inútil' escreveu assim a Miguel de Sousa Tavares, sobre os Professores

---“ É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou “os professores os inúteis mais bem pagos deste país.” Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há inúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de 'inúteis', como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?
O senhor tem filhos? – a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que 'são os inúteis mais bem pagos do país.'? Não me parece… Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores 'inúteis' são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento
de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora explique de novo?
Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos 'inúteis' a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, que reverencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler, com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.
Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que 'os jogadores de futebol são os inúteis mais bem pagos do país.'? Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que 'são os inúteis' mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados 'são os inúteis mais bem pagos do país'? Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados.
Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, 'os inúteis mais bem pagos do país', que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.
Assim sendo, sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de 'escrevinhar' alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.
Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe:- 'Perdoai-lhes, Senhor. Porque eles sabem o que fazem.'
Ana Maria Gomes - Escola Secundária de Barcelos ---"

quinta-feira, novembro 20, 2008

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS.

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar

Embora o texto que se segue diga respeito à indisciplina nas escolas espanholas, realidade que desconheço, estou em crer que a generalidade dos professores do ensino básico e secundário português o subscreveria, considerando-o uma análise muito lúcida do actual estado do nosso ensino.
…”
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro “Família e Escola: um espaço de convivência”, dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
“As crianças não encontram em casa a figura de autoridade”, que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
“As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa”, sublinhou.
Para Savater, os pais continuam “a não querer assumir qualquer autoridade”, preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos “seja alegre” e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, “são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os”, acusa..
“O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar”, sublinha.
Há professores que são “vítimas nas mãos dos alunos”.
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que “ao pagar uma escola” deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão “psicologicamente esgotados” e que se transformam “em autênticas vítimas nas mãos dos alunos”'.
A liberdade, afirma, “exige uma componente de disciplina”' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.
“A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara”, afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, “uma oportunidade e um privilégio”.
“Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina”, frisa.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que “têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos”.
“Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia”, afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que “mais vale dar uma palmada, no momento certo” do que permitir as situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres. ..."
Fernando Savater

terça-feira, novembro 18, 2008

NACIONALIZAÇÃO DO BPN (2)

Isto é seguramente um caso bem político, o BPN é uma colmeia do PSD, pense bem nas anteriores administrações e na actual administração, o Dr Cadilhe não está lá como salvador do BPN, não deixou de ganhar uma choruda reforma do BCP para não ir ganhar nada, sejamos realistas. O Dr Cadilhe foi afastado do cargo de Ministro das Finanças por um pressuposto escândalo de fuga aos impostos (o eterno problema do português de ter memória curta). Não estou a baralhar as ideias, só que é mais fácil atacar o Dr Victor Constâncio do que estudar a má gestão do BPN desde o inicio desta instituição financeira. Não interessa a ninguém do PSD, senão vejamos quase todos os administradores estiveram nos governos do nosso Presidente (dá mau aspecto não dá?). E desculpem que vos diga as comparações são para ser ditas. Porque é que a recuperação de má gestão há-de ser paga pelos nossos impostos? Afinal para que servem os accionistas? Eu e todos os portugueses já estamos a pagar por uma crise começada pelos Governos anteriores e ainda temos que pagar pela má gestão de uns senhores que andaram a brincar aos administradores, que por acaso são do PSD, que levam um banco e sociedades não financeiras á falência. Mas andamos a trabalhar para quê? Este caso é político sim, e mais do que isso é um caso de polícia, e se o governador do Banco de Portugal sabia a Polícia Judiciária também sabia, porque não abriram um processo-crime logo na altura? Porque não vão agora á procura dos auditores de agora? Estão á espera que fujam?
E este homem ganha mais do que o Presidente da Reserva Federal Norte Americana !! Não se admite tanta distracção !! Mas a Reforma e indemnizações fabulosas estão perto e a tempo de seguir a "carreira bancária" noutras Instituições deste maravilhoso País à beira do mar plantado...só para alguns !!!
Uma vergonha!
O país inteiro sabia dos negócios pouco transparentes do BPN, especializado em aplicações offshore. Defraudou durante anos o país e agora, com a nacionalização vai lesar o Estado e consequentemente todos os contribuintes.
Concorria de forma desleal com outros bancos, inclusive com a CGD que, por ironia agora ainda tem de o suportar.
Era uma espécie de "D. Branca" e, quem lá depositava sabia. Contudo, o sentido de agiotagem suplantava o sentimento de insegurança. Esta nacionalização é injusta!
O BPN deveria ser declarado falido, com as consequências inerentes para os accionistas (responsáveis pela situação de insolvência) e para os depositantes que privilegiaram a agiotagem em detrimento da segurança.
Com a nacionalização, perdeu-se uma boa oportunidade de começar a limpar o sistema bancário do que não interessa. Mais grave ainda, pode criar o sentimento de impunidade e de irresponsabilidade noutras instituições, cujas administrações doravante podem sentir que têm sempre o Estado por trás a dar cobertura a toda a espécie de asneiras.Quanto ao governador Dr Victor Constâncio, há muito que se deveria ter demitido.
Foi negligente e não fez cumprir a principal missão do BP - supervisão e fiscalização.Sendo aquelas as principais missões e o BP não as cumpre, é até caso para perguntar: Justifica-se a existência do Banco de Portugal?
É lamentável o que ultimamente tenho lido não só neste jornal como em muitos outros. Estou desgostoso com os nossos “politicozitos” são umas sanguessugas, é o capitalismo moderno onde muitos grandes se servem desses sujeitos para atingirem os milhões.
Só que os políticos depois também querem, e quem é o sacrificado? Somos todos nós.
A diferença que havia no "antes" era que o povo não podia dizer o que hoje se diz e se escreve para todo o mundo saber, mas infelizmente vejo que isso pouco interessa aos politicos desavergonhados. Lamento mas também tenho de adoptar esta linguagem apesar dos meus mais de 60 anos o que é triste.
Um apelo aos nossos governantes; pensem bem no que andam a fazer porque os homens morrem mas a história fica e quem a vai lembrar são os nossos netos.

segunda-feira, novembro 17, 2008

O MEU NOME É SARA...

ANÚNCIO PREMIADO
Este anúncio foi premiado internacionalmente, mas não passou na nossa televisão, em Portugal. Porque será? Recorda o poema da criança de 3 anos, 'Meu nome é Sara'

Tenho 3 anos
Os meus olhos estão inchados,
Não consigo ver.
Eu devo ser estúpida,
Eu devo ser má,
O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?
Eu gostaria de ser melhor,
Gostaria de ser menos feia.
Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.
Eu não posso falar,
Eu não posso fazer asneiras,
Senão fico trancada todo o dia.
Quando eu acordo estou sozinha,
A casa está escura,
Os meus pais não estão em casa.
Quando a minha mãe chega,
Eu tento ser amável,
Senão eu talvez levaria
Uma chicotada à noite.
Não faças barulho!
Acabo de ouvir um carro,
O meu pai chega do bar do Carlos.
Ouço-o dizer palavrões.
Ele chama-me.
Eu aperto-me contra o muro.
Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos.
Tenho tanto medo agora,
Começo a chorar.
Ele encontra-me a chorar,
Ele atira-me com palavras más,
Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho.
Ele esbofeteia-me e bate-me,
E berra comigo ainda mais,
Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.
Ele já a trancou.
Eu enrolo-me toda em bola,
Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.
Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos,
E o meu dia continua com horríveis palavras...
'Eu lamento muito!', eu grito
Mas já é tarde de mais
O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.
O mal e as feridas mais e mais,
'Meu Deus por favor, tenha piedade!
Faz com que isto acabe por favor!'
E finalmente ele pára, e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,
Imóvel no chão.
O meu nome é 'Sara'
Tenho 3 anos,
Esta noite o meu pai *matou-me*.

Existem milhões de crianças que assim como a 'Sara' são mortos. E tu podes ajudá-los.
Fico desiludido até ao mais profundo de mim se tu leres isto e não o fizeres passar.
E se porque tu ficaste sensibilizada(o), faz qualquer coisa!!
Tudo o que eu te peço, é de enviar isto e de reconheceres que estas coisas acontecem, e que pessoas como o pai da 'Sara' vivem na nossa sociedade.
Faz passar este poema porque mesmo se isto parece doido pode talvez mudar indirectamente as nossas vidas.
Hey, nunca se sabe...
Por favor faz passar isto se fores contra o abuso das crianças.
OBRIGADO !

domingo, novembro 09, 2008

A QUEM VAI SERVIR O TGV ????

Este é o pensamento político que temos (em Portugal), está em todas: Estádios de futebol, hoje às moscas, TGV, Novo aeroporto, Nova ponte, Auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso, etc. etc.
A quem na verdade serve tudo isto?
PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM A QUEM VAI SERVIR O TGV ...
AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO, ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E ...CLARO, AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA ...
OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS - ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !
Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas. Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.
Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.
Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, constroem aeroportos em cima de pântanos, nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.
O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.
Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.
Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.
Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se: 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma); mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma); mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).
E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

Cabe ao Governo reflectir. Cabe à Oposição contrapor. Cabe-lhe a si participar.Se concordar, autorizo que copie e envie aos seus amigos, independentemente da sua opção partidária.

sexta-feira, novembro 07, 2008

NACIONALIZAÇÃO DO BPN

Mas o que é que se passa deste nosso País? Então o Governo vai às nossas reservas e injecta-as em Bancos Privados com o fito de os salvar, sem quaisquer garantias. Mas afinal que País é este?
Se consigo entender, então um Banco Privado que está quase falido é salvo com uma nacionalização? Será que poderemos aguardar pela responsabilização dos senhores gestores com vista a apurarem que património foi por eles absorvido durante o período em que “reinaram à barba longa” naquela Instituição de (des)Crédito? Será que no final deste processo longo como tem sido outros, poderemos esperar pela condenação efectiva dos culpados, ou infelizmente a culpa morre solteira?
Afinal o Banco de Portugal existe para quê? Será somente para pagar os ordenados brutos aos seus administradores, alguns acumulando com belas reformas? Mas afinal que vergonha vem a ser esta, senhor Primeiro Ministro?
Qual é a justiça disto tudo? Será que Vossa Excelência já se debruçou acerca da situação caótica da Segurança Social? Já reparou que um empregado que tenha descontado para ela durante 42 anos, acaba por sofrer penalizações quando efectivamente se reforma?
Já agora porque motivo o seu Governo não nacionaliza o que resta da GALP, da EDP, da PT, etc., empresas que dão lucro e sempre foram o super económico deste nosso País?
Senhor Presidente da República será que Vossa Excelência está atento a todas estas manobras?Admitem possível que os pacatos cidadãos, contribuintes para a Segurança Social, um dia se permitam deixar de descontar para esta, dizendo pura e simplesmente: Basta!

quarta-feira, novembro 05, 2008

BPN E A SUA GESTÃO DANOSA!

Numa missiva enviada por Arménio França ao Director do jornal diário “DESTAK”, dia 5 de Novembro, podemos ler sob o título em epígrafe o seguinte, que passo a transcrever:
---“ É com profunda consternação que vejo a situação no BPN, se é gravíssima a gestão caótica, o Banco de Portugal tinha a obrigação de detectar as irregularidades, que já seriam conhecidas desde 2003. Que se fez então? Nada! O regulador foi sempre o último a saber! O regulador, apesar dos avisos, não se interessou minimamente pelos problemas detectados nas várias auditorias, afinal que regulação existe no mercado? Nenhuma! Mas, afinal pagamos aos empregados do Banco de Portugal para dizerem que as movimentações de capitais são difíceis de controlar? (…) É vergonhoso que tenham assim de ser, mais uma vez, os contribuintes a pagarem do seu bolso para salvarem o banco. Pergunto: os bens dos vários administradores envolvidos, dos directores financeiros, das pessoas envolvidas nesta fraude não deverão ser imediatamente bloqueados? As contas bancárias nacionais e internacionais, e as acções dessas pessoas não deverão ser imediatamente cativas, até que o processo acabe? As sociedades envolvidas nesses movimentos têm de ser perseguidas, têm de ter os bens penhorados, tem de se dar contas desse dinheiro, chamem a Interpol, chamem a Europol, chamem os Marines, mas apanhem os piratas, sff. (…) Afinal quem fez as asneiras que pague pelo que fez. Mas, infelizmente, neste País não existe justiça, não tenhamos dúvidas que nada irá acontecer, ninguém irá pagar por este desfalque. Afinal, na República das Bananas os ex-ministros ainda têm muito poder, e muitos conhecimentos… e no fundo ainda há muita gente poderosa que ainda não tirou o seu dinheiro… assim com a entrada do Estado no BPN todos ganham. (…) ---“

Meus caros amigos em Portugal a culpa morre solteira (normalmente). Portanto teremos sempre de ser nós a pagar a crise provocada por alguns energúmenos bem colocados na hierarquia dos poderes. Não será assim, Senhor Primeiro Ministro?

Aguardemos mais uma vez para ver.

SERMÃO DOMINICAL

SERMÃO AOS ALIENADOS, de J Verdasca

A adesão de Portugal à União Europeia - inicialmente - trouxe grandes "vantagens" ao ESTADO PORTUGUÊS, sob a forma de SUBSÍDIOS, ISENÇÕES e outras ILUSÕES, pelo que colocamos "VANTAGENS" entre aspas, de vez que as "grandes" ESMOLAS deslumbram os pedintes, incentivam os vagabundos à mendicidade, retiram braços do trabalho produtivo, dão maus exemplos aos CIDADÃOS TRABALHADORES, enfim, e por fim, amolecem o carácter de um povo, enfraquecendo a vontade e a determinação, o brio e a dedicação, o bom orgulho e a educação. Ao aderir e submeter-se a "TODAS" as normas comunitárias, o ESTADO PORTUGUÊS abdicou de sua PERSONALIDADE JURÍDICA própria, de sua MILENAR CULTURA, de seus DIREITOS CONSUETUDINÁRIOS, de suas SINGULARIDADES, para transformar-se em mais uma peça do XADREZ EUROPEU, aliás a MAIS POBRE E MAIS FRACA, menos importante e mais à margem, mais frágil e menos significativa, menos influente e mais influenciável. Desde então, CORREM SÉRIO RISCO a nossa idiossincrasia e a nossa "personalidade", a nossa ECONOMIA RURAL e a nossa sobrevivência, a nossa maneira de ser e a nossa IDENTIDADE. MODIFICANDO BRUTALMENTE - do dia para a noite - a legislação concernente ao MODUS VIVENDI da nossa gente “interiorana”, é VIOLENTAR hábitos e costumes, maneiras de ser e proceder, gostos e preferências, provocando IRRESPONSAVELMENTE feridas e traumas, desequilíbrios e transtornos, pobreza social, moral e material !!!!!!!!!!!!!!!!!!.
Vem este arrazoado a propósito das últimas e tristes notícias, que nos dão conta de proibições absurdas, no que respeita ao movimento e circulação de produtos da terra, a acrescentar às proibições anteriores de venda dos mesmos, quer se trate de vinhos não engarrafados ou frutas não embaladas, de azeites e vinagres idem em casas de pasto e restaurantes, de doces e salgados caseiros a bares e ou particulares, e de todo o tipo de produtos produzidos e vendidos pelas famílias, cuja economia - na maior parte dos casos - depende ou dependia dessa ocupação, que as sustenta, mantém e suporta a sua sobrevivência. No passado Verão foi acalorada a discussão em torno da sardinha assada ao ar livre (houve quem quisesse proibir) servida em comemorações, festas e romarias, cuja estúpida proibição só não foi adiante por ir contra a vontade, uso e costume de TODO o POVO, a que podemos acrescentar os muitos turistas estrangeiros que vão a Portugal para - COMER SARDINHA ASSADA nos arraiais !!!
No último período que passei em Portugal, ficou famosa, e dela se ocupou toda a MÍDIA, a querela em torno da pequena INDÚSTRIA FAMILIAR de AMÊNDOAS de PORTALEGRE, antiga e famosa por fabricar as melhores amêndoas da Europa; porque não obedecesse a uma ou outra “esquesitisse” de BRUXELAS - ou não possuísse uma ou outra das "modernas máquinas" de MULTINACIONAL que subsidia campanhas pessoais ou partidárias - a antiga, pequena, de alta qualidade, rentável, familiar e bem administrada indústria foi fechada, A BEM NÃO SABEMOS DE QUÊ, mas por bem treinados GUERREIROS, a propósito vestidos de preto, armados e equipados para guerras e contendas, que enfrentam “operosos” e humildes trabalhadores, enquanto traficantes de mulheres, pedófilos, assaltantes, traficantes de drogas e armas, e mesmo "autarcas" de sacos azuis e apitos dourados agem livremente, talvez porque "estranhos deuses" os protejam, os guiem, os informem, os escoltem, os acolham !!!
Estamos vivendo uma das mais graves crises - ECONÓMICA, FINANCEIRA, SOCIAL, mas, sobretudo MORAL, de DESCONFIANÇA e FALTA de VERGONHA de toda a HISTÓRIA da HUMANIDADE, provocada pela IRRESPONSABILIDADE, pela IMPUNIDADE, pela INCOMPETÊNCIA, pelo MAU CARÁCTER de administrativos e políticos, que decidem e legislam EM CAUSA PRÓPRIA, que fixam SEUS PRÓPRIOS VENCIMENTOS, que se atribuem GRANDES BENESSES, MORDOMIAS, HERESIAS e outras “IAS”, pagas com dinheiros tirados da BOCA dos FAMINTOS, furtados da SAÚDES DOS DOENTES, arrancados da EDUCAÇÃO das crianças, subtraídos da APOSENTADORIA dos IDOSOS, extraídos da mísera POUPANÇA das FAMÍLIAS HONESTAS e TRABALHADORAS, que, com mais um governo para sustentar (UNIÃO EUROPEIA), com mais dois PARLAMENTOS para engordar ( Estrasburgo e Bruxelas), viram brutalmente aumentados os IMPOSTOS que SUSTENTAM as(os) senhoras(es) DEPUTADAS(os), com suas ajudas de custo, suas permanentes viagens de avião, suas roupas de luxo, seus restaurantes idem, seus cabeleireiros, guarda costas, acompanhantes e amantes.
Tudo isto vai durar ATÉ QUE NOVAS HORDAS DE BÀRBAROS invadam, assaltem, conquistem e ocupem o novo "IMPÉRIO ROMANO", que assim se poderia designar a União Europeia, não fosse o caso de os romanos terem levado uma avançada civilização (como depois os árabes), sem PROIBIÇÕES TOLAS, sem DESTRUIÇÕES ESTÚPIDAS, acrescentando os seus benefícios AO QUE DE BOM TINHAM as CULTURAS LOCAIS !!! Mas - tenho para mim - que os NOVOS BÁRBAROS já estão em acção, DEMOLINDO, PROIBINDO, DESMEMBRANDO, DERROTANDO, BOMBARDEANDO, SACANDO, EXPOLIANDO, DESTRUINDO, ARRASANDO !!!.
Que Deus nos ACUDA.
Cordialmente, JVerdasca

O NOSSO GOVERNO DÁ…!!

Vais ter relações sexuais?:- O governo dá preservativo.
Já tiveste?:- O governo dá a pílula do dia seguinte.
Engravidas-te?:- O governo dá o aborto.
Tiveste filho?:- O governo dá o Abono de Família.
Estás desempregado(a)?:- O governo dá Subsídio de Desemprego.
És viciado(a) e não gostas de trabalhar?:- O governo dá rendimento mínimo garantido!

AGORA...
Experimenta estudar, trabalhar, produzir e andar na linha para ver o que é que te acontece!!!!!

VAIS GANHAR UMA BOLSA DE IMPOSTOS NUNCA VISTA EM LUGAR ALGUM DO MUNDO!!!!!

PARABÉNS, TROUXA !!!

terça-feira, novembro 04, 2008

BRINQUEMOS AMIGOS...O RIR FAZ BEM.

-Tou??? Mariano Gago? É o Zé Sócrates. Oh, pá, ajuda-me aqui, porque o meu curso de informática foi tirado na Independente e o professor faltava muito. Estou a experimentar um destes novos computadores dos putos, o Magalhães, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?- Desculpa?....- Aquilo fecha a que horas?- Zé, meteste a Password?- Sim! Quer dizer, copiei a da Maria de Lurdes.- E não entra?- Não, pá!- Hmmm....deixa-me ver... qual é a Password dela?- Cinco estrelinhas...- Oh, Zé!....Bom, deixa lá agora isso, depois eu explico-te. E o resto, funciona?- Também não consigo imprimir, pá! O computador diz: 'Cannot find printer'! Não percebo, pá, já levantei a impressora, pu-la mesmo em frente ao Monitor e o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la, pá!- Vamos tentar isto: desliga e torna a ligar e dá novamente ordem de impressão.Sócrates desliga o telefone. Passados alguns minutos torna a ligar.- Mariano, já posso dar a ordem de impressão?- Olha lá, porque é que desligaste o telefone?- Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?- Dá lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.- Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?- Oh, Zé... Bolassssssssssss... Eh, pá! esquece.... Vamos fazer assim: clica no 'Start' e depois...- Mais devagar, mais devagar, pá! Não sou o Bill Gates...- Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí... Olha lá, e já tentaste enviar um mail?- Eu bem queria, pá! Mas tens de me ensinar a fazer aquele circulozinho em volta do 'a'.- O circulozinho...pois.... Bom... vamos voltar a tentar aquilo da impressora. Faz assim: começas por fechar todas as janelas, Ok?- Espera aí...- Zé?...estás aí?- Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?- Porrrrrrrrrrrrrrrrrraaaaaa Zé.... Senta-te, OK? Estás a ver aquela cruzinha em cima, no lado direito?- Não tenho cá cruzes no Gabinete, pá!...- óóóóóóóóóóóóólha para a merda do monitor e vê se me consegues ao menos dizer isto: o que é que diz na parte debaixo do écran?- Samsung.- Eh, pá! Vai pró....- Mariano?... Mariano?... 'Tá lá?... poooorrrrraaaa o que é que lhe deu?... Desligou....

Justiça Portuguesa...!!!?

- Processo Casa Pia: nada
- Processo Apito Dourado: nada
- Assassinatos de seguranças na noite: nada
- Caso Maddie: nada (com direito a humilhaçãozinha no estrangeiro...)
- Caso Freeport: nada
- Caso dos sobreiros PP: nada
- Caso BCP: nada
- Caso Vale e Azevedo: nada
- Operação Furacão: nada
- No entanto foi preso um jovem que fez um download de música ...
YEAAAAAAAAH!...
- Primeiro português condenado à prisão por pirataria musical na Internet!...
- Indivíduo poderá passar entre 60 a 90 dias atrás das grades por ter feito o download e partilhado música ilegalmente!...
E agora, como vai ser com a Administração do BPN? Alguém vai ser condenado?
E o senhor Governador do Banco de Portugal, não sofre nada com isto tudo?
E já agora, seremos só nós a pagar esta fraude(?) ou o assunto será devidamente escalpelizado até ao tutano?

terça-feira, outubro 28, 2008

REFORMADOS ACTIVOS - SOMOS OS MELHORES

Artigo para ler, reler e... meditar:

Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas ou na Oceânia: nas políticas sociais de integração e valorização dos reformados.
Aí estamos na vanguarda, mas muito na vanguarda. De acordo, aliás, com estes novos tempos, em que a esperança de vida é maior e, portanto, não devem ser postas na prateleira pessoas ainda com tanto a dar à sociedade.
Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos!
Ora vejamos:
O nosso Presidente da República é um reformado; o nosso mais "mortinho por ser " candidato a Presidente da República é um reformado; o nosso ministro das Finanças é um reformado; o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado; o ministro das Obras Públicas é um reformado; gestores activíssimos como Mira Amaral (lembram-se?) são reformados; o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado; entre os autarcas, "centenas, se não milhares" de reformados - garantiu-o o presidente da ANMP; o presidente do Governo Regional da Madeira é um reformado (entre muitas outras coisas que a decência não permite escrever aqui);
E assim por diante...
Digam lá qual é o país da Europa que dá tanto e tão bom emprego a reformados?
Que valoriza os seus quadros independentemente de já estarem a ganhar uma pensãozita?
Que combate a exclusão e valoriza a experiência dos mais (ou menos...) velhos?
Ao menos neste domínio, ninguém faz melhor que nós.
Ainda hão-de vir todos copiar este nosso tão generoso "Estado social"...

terça-feira, outubro 14, 2008

O CONCELHO DO BARREIRO E O FUTURO

Do meu amigo Manuel Cerqueira recebi o artigo que passo a transcrever:

“O QUE ENFRAQUECE O RUMO DO PROGRESSO BARREIRENSE É O DISCURSO DO NEGATIVISMO, DA MALEDICÊNCIA, DO PESSIMISMO, DO BOTA-ABAIXO”

Desde sempre têm os socialistas barreirenses, lutado e procurado defender para a nossa terra as verdadeiras convicções do progresso numa base de verdade, de equilíbrio, de seriedade, de sensatez e sentido da responsabilidade. Por isso, os projectos de grandes investimentos, não sendo uma receita milagrosa nem trazendo o leite e o mel numa bandeja, é uma boa e importante transformação e um valioso instrumento para ajudar a responder a velhos e angustiantes problemas de desenvolvimento das diversas freguesias do concelho do Barreiro e da região. “Com os inadiáveis e fundamentais investimentos da Governação Socialista o concelho do Barreiro avançou no sentido da sua modernização e de justiça social”. Como alavanca, aponta a importância do Plano Estratégico (Masterplan) para a Quimiparque, como um grande pólo de excelência de desenvolvimento para esta vasta região, permitindo não só a criação de milhares de empregos, criando pólos de desenvolvimento e projectos âncora, no intuito de "tornar a nossa região num grande espaço de desenvolvimento e permitir que, no século XXI, o Barreiro seja novamente um concelho industrial. Nós socialistas não nos esquecemos porque existimos e não esquecemos que temos um contrato de respeito, de responsabilidade e de credibilidade com o concelho e com os barreirenses. “O Barreiro e o poder local exige gente que o ame e que não se sirvam politicamente do seu glorioso passado para interesses de âmbito partidário”.

O Partido comunista e a cdu não servem para assegurar um futuro promissor de concelho moderno e desenvolvido que todos nós pretendemos para o Barreiro. Por razões ideológicas não terá capacidade e competência para enfrentar certos desafios de modernidade.” E digo ideológicos porque, na verdade, quando se colocam os interesses estratégico-partidários acima dos interesses do concelho do Barreiro, estamos a “dar sinais” para que se aposte na mudança e todos somos, naturalmente, obrigados a assumir uma responsabilidade acrescida na defesa e valorização da “substância” e de um modelo de desenvolvimento sustentado.

No próximo ano decorrem eleições decisivas para o Barreiro e a questão que se coloca é quem vai “gerir” no futuro os grandes investimentos que o Governo Socialista programou para a nossa terra? A ponte Barreiro-Chelas, TGV e oficinas, Metro Sul do Tejo, Masterplan – Plano Estratégico para os terrenos da Quimiparque, ETAR – Barreiro-Moita, Ponte Barreiro-Seixal, RAVE-cidade ferroviária, Projecto Cidade do Cinema, Aeroporto, a intermodalidade dos transportes entre as duas margens a construção de creches, escolas, jardins-de-infância, lares de idosos, etc.…
O povo, que gosta e vive na cidade do Barreiro, sabe perfeitamente que todos estes fundamentais projectos para o desenvolvimento e crescimento da nossa terra são da responsabilidade genuína dos Socialistas. Por isso, não podemos delegar esta responsabilidade ao partido comunista/cdu. É o Partido Socialista do Barreiro que deve protagonizar este projecto!
Urge, por isso, muito trabalho para tentar conquistar o voto (útil) dos eleitores flutuantes, indecisos, dos que tendencialmente no Barreiro não votam, sabendo que estes cidadãos por simpatia e confiança normalmente votam nos valores da liberdade democrática. O voto (útil) é fundamental para alterar ou diminuir a maioria absoluta do partido comunista/cdu, limitando assim, o estabelecimento eterno de teias e tentáculos na nossa terra, e privilegiando a rotatividade democrática na Câmara, Assembleia Municipal e juntas de freguesia. A dinâmica da modernização do Concelho e região não cabe só ao Governo do Partido Socialista, criando ou reforçando investimentos, clarificando apoios ou até mesmo simplificando procedimentos para vencermos o atraso estrutural em que o Barreiro se encontra. A mudança para sairmos deste limbo, cabe também aos responsáveis autarcas barreirenses em que a transformação na qualidade de vida e de bem-estar das pessoas, acompanhada da boa qualidade urbanística e do ambiente e na eficácia dos serviços é fundamental, sobretudo nas freguesias porque têm como escopo directo e principal servir a população.
Como insistentemente se tem afirmado, só a ruptura com esta política autarca (Câmara e freguesias) abre caminho para a superação dos défices estruturais que o concelho do Barreiro enfrenta. Com os votos dos barreirenses que não votaram em 2005 (Abstenção-46,19 %) é possível alterar o rumo e construir um futuro de progresso, um Barreiro moderno, vivo, criativo, sólido e de futuro.
Uma região assim só pode ser desenvolvida com os seus habitantes. Mas as pessoas não são números. As pessoas são sobretudo sentimentos, quereres e emoções. Só o conjunto de vontades duma população empenhada fará do concelho do Barreiro uma terra verdadeiramente nova, completamente diferente da matriz que o partido comunista/cdu desenvolveu na Câmara municipal e freguesias e que nos levou ao marasmo”. Precisamos de gente que saiba empreender para se libertar! O Barreiro precisa de atrair mais pessoas, ter mais massa critica mas precisa essencialmente de uma visão jovem, moderna, da força e da convicção dos que nele acreditam como terra de passado, presente e futuro para os seus filhos. É cada vez mais insustentável o desfasamento entre o discurso autárquico (e da comunicação social local) e a prática no Barreiro. “O que enfraquece o rumo do progresso e minimiza a credibilidade da autarquia barreirense é o discurso do negativismo, da maledicência, do pessimismo, do bota-abaixo” É por isso caso para dizer que a Câmara Municipal do Barreiro que chegou agora a esta visão de futuro para a nossa terra, muito tarde e apressadamente, porventura animada pelo sentido da oportunidade mediática e eleitoralista, bem poderia ter acordado mais cedo (desde o dia da liberdade) e o problema das pessoas e do concelho do Barreiro teria tido, certamente, outros desenvolvimentos e crescimento. A nossa região precisa no futuro de um novo modelo de desenvolvimento e de um novo ciclo de progresso humano e social, e merece, se os seus habitantes nas próximas eleições autárquicas de 2009, forem mais exigentes e mais responsáveis e actuantes em todos os capítulos da vida da sociedade barreirense.

domingo, outubro 12, 2008

REFORMADOS ACTIVOS - SOMOS OS MELHORES

Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas ou na Oceânia: nas políticas sociais de integração e valorização dos reformados.
Aí estamos na vanguarda, mas muito na vanguarda. De acordo, aliás, com estes novos tempos, em que a esperança de vida é maior e, portanto, não devem ser postas na prateleira pessoas ainda com tanto a dar à sociedade.
Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos!
Ora vejamos:
* O nosso Presidente da República é um reformado;
* o nosso mais "mortinho por ser" candidato a Presidente da República é um reformado;
* o nosso ministro das Finanças é um reformado;
* o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado;
* o ministro das Obras Públicas é um reformado;
* gestores activíssimos como Mira Amaral (lembram-se?) são reformados;
* o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado;
* entre os autarcas, "centenas, se não milhares" de reformados - garantiu-o o presidente da ANMP;
* o presidente do Governo Regional da Madeira é um reformado (entre muitas outras coisas que a decência não permite escrever aqui);
E assim por diante...
Digam lá qual é o país da Europa que dá tanto e tão bom emprego a reformados?
Que valoriza os seus quadros independentemente de já estarem a ganhar uma pensãozita?
Que combate a exclusão e valoriza a experiência dos mais (ou menos...) velhos?
Ao menos neste domínio, ninguém faz melhor que nós.
Ainda hão-de vir todos copiar este nosso tão generoso "Estado social"...

sábado, outubro 11, 2008

MAGALHÃES ?

Ai a politica.
Nosso, mesmo, é o "Cozido à Portuguesa"... até ver!
Nossas são também a mania das grandezas e a política medíocre, o povo alienado e os "Merdia" da treta.
Magalhães - golpe de propaganda da loja dos trezentos (agora do chinês).
Os noticiários abriram há dias com pompa e circunstância, anunciando o lançamento do "Primeiro computador portátil português", o "Magalhães".(Só abriram com isso porque o Benfica não jogava).
A RTP refere que é "um projecto português produzido em Portugal". Já de si este português é duvidoso, com fedor a pleonasmo.
A SIC refere que "um produto desenvolvido por empresas nacionais e pela Intel" e que a "concepção é portuguesa e foi desenvolvida no âmbito do Plano Tecnológico."
Na realidade só com muito boa vontade é que o que foi dito e escrito é verdadeiro. O projecto não teve origem em Portugal, já existe desde 2006 e é da responsabilidade da Intel. Chama-se Classmate PC e é um laptop de baixo custo destinado ao Terceiro Mundo (é demasiado fácil, por isso não vou dizer nada) e já é vendido há muito tempo através da Amazon.
As notícias foram cuidadosamente feitas de forma a dar ideia de que o "Magalhães" é algo de completamente novo e com origem em Portugal. Não é verdade. Felizmente existem alguns blogues atentos.
Na imprensa escrita salvou-se, que se tenha dado conta, a notícia do Portugal Diário: "Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto."
Pelos vistos, o jornalista Filipe Caetano foi o único a fazer um trabalho de investigação em vez de reproduzir o comunicado de imprensa do Governo.
A ideia é destruir os esforços de Negroponte para o OLPC. O criador do MIT Media Lab criou esta inovação, o portátil de 100 dólares...
A Intel foi um dos parceiros até ver o seu concorrente AMD ser escolhida como fornecedor. Saiu do consórcio e criou o Classmate, que está a tentar impor aos países em desenvolvimento.
Sócrates acaba de aliar-se, SEM CONCURSO, à Intel, para destruir o projecto de Negroponte. A JP Sá Couto que já fazia os Tsumani tem assim, SEM CONCURSO, todo o mercado nacional do primeiro ciclo.
Tudo se justifica em nome de um número de propaganda política terceiro-mundista.
Para os pivots (ex-jornalistas?) Rodrigues dos Santos ou José Alberto Carvalho, o importante é debitar chavões propagandísticos em vez de fazer perguntas. Chama-se a isso "Serviço Público" à portuguesa.
Se não fosse a blogosfera - que o ministro Santos Silva ainda não controla - esta propaganda não seria desmascarada. Os jornalistas da imprensa tradicional têm vindo a revelar-se de uma ignorância, seguidismo e preguiça atroz. Jornalistas? Quais? Onde?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicholas_Negroponte#O_PC_de_USD_100
http://www.classmatepc.com/
http://www.youtube.com/watch?v=XI4UyUnXZzE

quarta-feira, outubro 01, 2008

Na esquina de um enorme precipício

Aqui vos deixo um texto do meu amigo Carlos Alberto ( Carló):

---" Portugal vem sendo empurrado há 30 anos, por uma oligarquia cega e surda, em direcção a uma perigosa esquina social, por detrás da qual um precipício de elevadas consequência esconde o que está para vir, se bem que de imaginado desastre económico, cujos efeitos sociais bem visíveis se agarram à pele dos portugueses!
À mercê do grande capital presente em todos os cantos do país, os portugueses voltaram à tradição de povo nómada à procura de melhor destino. Os mais novos no ilícito encontram a sobrevivência e aos gangs vão parar, empurrados por devastador atentado ao progresso social.
Em Portugal, governantes de calças ou de saias, contribuintes activos na decadência económica, insistem nas políticas de confirmada falha social. Da educação à aposentação, comprometem o futuro dos jovens, muitos dos quais caiem no crime organizado. O desemprego facilita o recrutamento delituoso.
A explosão criminosa resulta com toda a clareza da crise do emprego. Jovens com cursos ou sem eles confrontam-se com o desemprego de longa duração e, se encontram algum posto de trabalho quase sempre é de curta duração e por certo mal pago.
A estabilidade necessária à constituição de família não existe, permanecendo a insegurança para a fase derradeira, para muitos aguarda-os depósitos de velhos.
A mobilidade capitalista arrebanha as riquezas onde elas se encontram. O capital entra pela porta grande, aberta por ministros vassalos, descapitaliza o país onde se instala deixando-o mais decrépito do que antes de lá ter entrado e, sai quando lhe apetece ou escasseiam capitais e para outro recanto do mundo abalam com o mesmo propósito, sacar. Portugal tem sido vítima deste sistema de portas abertas à fúria delapidadora da sua riqueza.
A obsessão da redução dos custos que invade as mentes de “poupados” governantes, empresários e financeiros estafados em acumular capital está a virar do avesso o peso da despesa no global da nação. Por isso Portugal está mais pobre.
O investimento do Estado na Saúde e na Educação e os seus resultados não podem ser avaliados em termos de juros de capital, mas sim como meta de resultados sociais. É um erro comparar-se os efeitos na diferença do que gasta em capital dinheiro e do que recebe em capital de saúde e educação, produzindo mais e melhores produtores de riqueza, promovendo a qualidade do trabalho, revigorando a Nação e por isso Portugal está mais pobre
A recessão arrasta os pequenos países na lógica vampírica, sinal mais que evidente que as políticas económicas e sociais estão invertidas, produzindo os ingredientes que temperam as crises e afectam negativamente os que trabalham ou procuram emprego, meio de sobrevivência de milhares de famílias, enchendo com elevados lucros os que inventam as crises e delas acumulam riquezas obscenas.
O grande capital concebe a escassez e gere os resultados que os favorece, suga os efeitos nefastos para as populações que pouco entendem das tácticas do capitalismo selvagem e na sua prolongada bonomia de ombros encolhidos, permitindo que trauliteiros da economia e populistas do Estado comandem os destinos dos povos.
Quem pretende acabar com o crime violento que grupos de jovens armados semeiam no país? De certo que todos sabemos quem não está virado para aí! Este fenómeno é filho da escassez de emprego. Tratem os responsáveis de os ocupar com a escolaridade, a formação profissional e o emprego na devida altura, salário compatível com o custo de vida e veremos se o crime não se reduz ao insignificante desacato!
Somos órfãos da nossa história, diferimos imenso do que fomos e do que somos agora. Antes decidíamos o que ser e fazer, hoje somos o que nos mandam as ordens lá de fora! ---"

*A Justiça criminosa* por Clara Ferreira Alves

In Pluma Caprichosa *Segunda-feira, 22 de Out de 2007

Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia que se sabe que nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços do enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogues, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muito alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos. Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém? As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não substancia.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu?
E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

sexta-feira, setembro 26, 2008

O MAIS ALENTEJANO DOS ALENTEJANOS...

Três amigos alentejanos a esgrimirem as suas qualidades:
- Ê so tão preguiçoso que no outro dia, vi uns maços de notas no chão, e não os apanhê p'rá nã ter que m'agachari.

Prossegue um outro:
- Isso nã é nada. A minha vizinha super-sexy tocou-me à porta, a convidar-me para ir passar a noite à casa dela e eu recusei p'ra nã ter que atravessar a rua.

E o terceiro:
- Pois o mê caso foi piori. No Domingo fui ao cinema e passei o filme todo a chorari.
- Só isso? - Comentaram os outros.
- É que ao sentar-me, entalê os tomates e não estive p'ra me levantari!

30 ANOS DEPOIS

Situação: O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga:
Ano 1978: O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
Ano 2008: A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.

Situação: O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas:
Ano 1978: Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
Ano 2008: A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar, O Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Moura-Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.

Situação: O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas:
Ano 1978: Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
Ano 2008: Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.

Situação: O Luis parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este:
Ano 1978: O Luis tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
Ano 2008: Prendem o pai do Luís por maus tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.

Situação: O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar:
Ano 1978: Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.
Ano 2008: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego.
Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.

Situação: Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado "chocolate" ao outro:
Ano 1978: Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa. Amanhã são colegas.
Ano 2008: A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.
Situação: Tens que fazer uma viagem:
Ano 1978: Viajas num avião de TAP, dão-te de comer, convidam-te a beber seja o que for, tudo servido por hospedeiras de bordo espectaculares, num banco que cabem dois como tu.
Ano 2008: Entras no avião a apertar o cinto nas calças, que te obrigaram a tirar no controle. Enfiam-te num banco onde tens de respirar fundo para entrar e espetas o cotovelo na boca do passageiro ao lado e se tiveres sede o hospedeiro maricas apresenta-te um menu de bebidas com os preços inflacionados 150%, só porque sim. E não protestes muito pois quando aterrares enfiam-te o dedo mais gordo do mundo pelo cú acima para ver se trazes drogas.
Situação: Fazias uma asneira na sala de aula:
Ano 1978: O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque "alguma deves ter feito"
Ano 2008: Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
Situação: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno:
Ano 1978: Não se passa nada.
Ano 2008: As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
Situação: O fim das férias:
Ano 1978: Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.
Ano 2008: Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira.

sábado, setembro 13, 2008

EXCESSO DE VELOCIDADE...OU NEM TANTO

Argumentação de um "engenheiro" português que foi apanhado a 250 Km/h numa estrada onde o limite era de 70 Km/h.
Ex.mo Sr. Dr. Juiz,
Meretíssimo:
Confirmo que vi na estrada a marca de 70 em números negros inscritos num círculo vermelho, sem qualquer informação de unidades.
Ora, como sabe, a Lei de 4 de Julho de 1837 torna obrigatório em Portugal o sistema métrico, e o Decreto 65-501 de 3 de Maio de 1961, modificado de acordo com as directivas europeias, define, como unidade DE BASE LEGAL, as unidades do Sistema Internacional, SI. Poderá confirmar tudo no site do Governo.
Ora, no sistema SI, a unidade de comprimento é o "Metro", e a unidades de Tempo é o "Segundo". Torna-se portanto evidente que a unidade de Velocidade é o "Metro por Segundo". Não me passaria pela cabeça que o Ministério aplicasse uma unidade diferente.
Assim sendo, os 70 Metros por Segundo correspondem, exactamente a 252 Km/h. Ora a Polícia afirma que me cronometrou a 250 Km/h o que eu não contesto. Circulava portanto 2 Km/h abaixo do limite permitido.
Esperando a aceitação dos meus argumentos, de V. Exa..
António Nogueira
(Engº Civil, IST)

NOTA: O ENGENHEIRO NÃO FOI CONDENADO!

quinta-feira, setembro 11, 2008

POLÍCIA DE COSTUMES

Corria o longínquo ano de 1953 quando a Câmara Municipal de Lisboa publicou a Portaria n.º 69.035, destinada a aumentar o policiamento em zonas então consideradas “quentes”. Pela curiosidade do texto, aqui o reproduzo:

«Verificando-se o aumento de actos atentatórios à moral e aos bons costumes, que dia a dia se vêm verificando nos logradouros públicos e jardins, e, em especial, nas zonas florestais Montes Claros, Parque Silva Porto, Mata da Trafaria, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda e outros, determina-se à Polícia e Guardas Florestais uma permanente vigilância sobre as pessoas que procurem frondosas vegetações para a prática de actos que atentem contra a moral e os bons costumes. Assim, e em aditamento àquela Portura n.º 69.035, estabelece-se e determina-se que o artigo 48º tenha o cumprimento seguinte:
1.º - Mão na mão (2$50); 2.º - Mão naquilo (15$00); 3.º - Aquilo na mão (30$00); 4.º - Aquilo naquilo (50$00); 5.º - Aquilo atrás daquilo (100$00); Parágrafo único – Com a língua naquilo 150$00 de multa, preso e fotografado»

E agora digam lá:- NÃO ERA UM PRIMOR!

domingo, agosto 03, 2008

UM ANO APÓS RECLAMAÇÃO!?!!

Com data de 27 de Outubro de 2007 enviei à Administração dos CTT um email contendo 2 fotos (que anexo nesta divulgação), solicitando a intervenção dos Serviços Competentes para o facto de, na bateria de Caixas Postais existente no Vale da Telha (zona com bastante turismo - Campeonato Mundial de Surf...) em Aljezur. As fotos são estas:
A 30 daquele mesmo mês, fui informado que o assunto iria ser resolvido.
Porém quase um ano passado e porque o problema não foi resolvido, entendi dirigir-me novamente à Administração dos CTT, informando que seria dada a devida publicidade do facto, caso o assunto não estivesse concluido no prazo máximo de 15 dias úteis.
Porque tal não aconteceu, aqui se inicia o processo de divulgação, o qual passará para a comunicação com fotos às Televisões RTP, SIC e TVI.
Atenção isto acontece em Portugal!

Antes de Reciclar, reduza!






Um Oceano de plástico :




Durabilidade, esteabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fracção vem de terra firme.
No Oceano Pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Hawai e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros. Acredita-se que haja neste Vortex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.
Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, ténis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.
O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos compara este Vortex a uma entidade viva, um grande animal movimentando-se livremente pelo Pacifico. E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.



A bolha plástica actualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. 'Como foi possível fazermos isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.
Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.
Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.

E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.
Fontes: The Independent, Greenpeace e Mindfully