sexta-feira, março 21, 2008

Cidadão contra-ataca!

EXPERIMENTEM... DÁ ALGUM GOZO!...
É bom começarmos mesmo a atacar.
Leiam estas estas três preciosas dicas sobre como lidar com as agressões de Telemarketing, que constituem para todos nós uma praga quase diária. - Um método que realmente funciona:
Ao receber uma chamada de Telemarketing a oferecer um produto ou um Serviço, diga apenas, com toda a cortesia: "Por favor, aguarde um momento...".
Dito isto, deixe o telefone sobre a mesa e vá fazer outras tarefas (em vez de simplesmente desligar o telefone de imediato).
Isso vai fazer com que cada chamada de Telemarketing para o seu Telefone tenha uma duração longuíssima, ultrapassando em muito os limites impostos ao indivíduo que lhe ligou.
Reponha o telefone na posição de repouso apenas quando tiver a Certeza de que desligaram.
Não tenha dúvida de que esta é uma lição de custo elevado para os intrusos.
- Já alguma vez lhe sucedeu atender o telefone e parecer que não há ninguém do outro lado?
Fique a saber que esta é uma técnica de Telemarketing.
Executada por um sistema computorizado, o qual estabelece a ligação e regista a hora em que a pessoa atendeu o telefone. Esta técnica é utilizada por alguns serviços de marketing para determinar a melhor hora do dia em que uma pessoa dos serviços poderá ligar-lhe.
Neste caso, ao receber este tipo de ligação, não desligue.
Pressione imediatamente a tecla "#" do aparelho, seis ou sete vezes seguidas e em sequência rápida.
Normalmente, este procedimento confunde o computador que marcou o seu número, obrigando-o registar o seu número como inválido, eliminando-o assim da base de dados.
- Publicidade inserida nas contas recebidas pelo correio.
Todos os meses recebemos publicidade indesejada inserida nas contas. De telefone, luz, água, cartões de crédito,etc…
Muitas vezes essa propaganda em acompanhada de um envelope-resposta, que "não precisa selar; o selo RSF(resposta sem franquia).
Insira nesses envelopes pré-pagos a publicidade recebida e coloque-a no Correio, endereçada de volta a essas Companhias.
Caso queira preservar a sua privacidade, antes de inserir a publicidade no envelope remova todo e qualquer item que possa identificá-lo.
Este é um método que funciona excelentemente para ofertas de cartões, empréstimos, e outro material não solicitado. Portanto, não atire fora esses envelopes pré-pagos!
Ao devolvê-los com a propaganda recebida, está a fazer com que as referidas empresas paguem duas vezes pela publicidade enviada.
Se quiser acrescentar um requinte de malvadez, aproveite para inserir anúncios da pizzaria do seu bairro, da lavandaria, da florista, do canalizador, do oculista, da costureira, do talho, do dentista, do instalador de marquises de alumínio, da ou de qualquer outra actividade comercial local do mesmo género, que esteja mais à mão.Há já várias pessoas a usar estes métodos de devolver o lixo publicitário.
Está na altura de mandarmos o nosso recado às Empresas.
É preciso, no entanto, que se atinja um número expressivo de pessoas a aplicar estas técnicas eficazes de protesto.Talvez não seja má ideia reenviarem este e- mail aos vossos amigos.
VÁ... SEJAM MAUZINHOS

quinta-feira, março 13, 2008

Nunca esqueceremos!!!!

É uma questão de história que, quando o comandante superior das forças aliadas, general Dwight Eisenhower, encontrou as vitimas dos campos da morte, ordenou que tirassem todas as fotografias possíveis, e que os Alemães das vilas em redor fossem para dentro dos campos e enterrassem os mortos.
Ele disse-me: “Filma isto agora – tragam os filmes – tragam as testemunhas – porque algures na história um inconsciente se vai levantar e dizer que isto nunca aconteceu”.
“Tudo o que é necessário para o triunfo do mal é os Homens bons não fazerem nada.”
Edmund Burke

Em memória:

Esta semana, o Reino Unido retirou o Holocausto do currículo escolar porque ofendia a população muçulmana, que afirma que nunca aconteceu. Isto é um assustador significado do medo que está a manter a atenção do mundo e do quão facilmente cada país está a ceder a este medo.
Passaram agora mais de 60 anos desde que a Segunda Guerra Mundial na Europa acabou. Este email tem sido enviado como uma cadeia, em memória dos 6 milhões de Judeus, 20 milhões de Russos, 10 milhões de Cristãos e 1.900 padres Católicos que foram mortos, massacrados, violados, queimados e humilhados, com os alemães e os russos a olharem para outro lado!
Agora, mais do que nunca, com o Irão, entre outros, a afirmar que o Holocausto é um mito, é imperativo fazer com que o mundo nunca esqueça.
Este email tem o objectivo de atingir 40 milhões de pessoas no mundo.
Sê uma ligação na cadeia de memória e ajuda a distribuir isto pelo mundo.
Não apagues isto! Apenas demorará um minuto para passar isto a outros!

quarta-feira, março 05, 2008

De quem é a escola pública?

Qualidade e equidade são duas faces da mesma moeda. Nem uma nem outra são contempladas na actual política educativa

As escolas públicas portuguesas estão a viver difíceis e (quanto a mim) perigosos momentos. Peça a peça, uma legislação fragmentada e sob forma de decretos-leis (e, portanto, sem debate nem sequer na Assembleia da República) está a criar um puzzle de que já se adivinha o resultado final: uma escola centralizada e burocrática, sem autonomia e cega à diversidade social, centrada nas percentagens estatísticas, destruidora da profissão docente. Os professores têm medo, os sindicatos encurralaram-se nas suas impotências, o Governo acha que é dono das escolas e capataz dos professores.
Como instituição social, a escola não pertence a nenhum governo mas sim ao país, a todos os parceiros, a todos os que nela vivem e a todos os que dela esperam, legitimamente, um importante contributo positivo para a educação e formação das gerações mais novas.
Sei que é difícil qualquer debate de fundo sobre a escola, o seu presente e o seu futuro; é uma das questões mais fortemente enviezadas por quase todos aqueles que, tendo no passado sido os seus "eleitos" (a minoria de alunos que aprenderam e se "formaram"), são os que hoje escrevem e falam sobre a escola, sempre virados para uma fictícia "idade de ouro", algures num passado perdido que gostariam de ver reaparecer. Em geral, os que mais escrevem e falam não têm qualquer ideia sobre o que é hoje uma escola pública, com uma escolaridade obrigatória alargada, num tempo de tecnologias e num mundo multicultural. O tempo não volta para trás.

A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) tem desenvolvido, há mais de dez anos, uma série de trabalhos sobre "A Escola de amanhã"; pretende a OCDE traçar cenários, a partir das tendências actuais assim como do que é "desejável" e "provável", de modo a que saibamos que caminho queremos percorrer e possamos, então decidir os passos a dar.
Que queremos? "Recriar" a escola do passado correndo o risco de as escolas se tornarem ingovernáveis? Manter o que herdámos com alguns acrescentos e remendos? Abandonar a escola (cara e pouco rentável) e promover o "cheque-educação" e outras medidas num mercado livre em que o saber se vende e se compra e o Estado deixa de assumir a responsabilidade da educação para todos como bem pessoal e social? Ou queremos re-fundar a escola que herdámos, melhorá-la e adequá-la a novas exigências, libertando-a dos jugos centralistas, percebendo que "igual para todos, da mesma maneira e ao mesmo tempo" gera mais desigualdade e que a equidade e a exigência não se constroem com mais repetências, expulsões e controlos burocráticos?

Os últimos dois diplomas governamentais, um dos quais já em vigor, são peças decisivas deste puzzle perverso. O diploma relativo à avaliação dos professores quer avaliá-los um a um observando as suas aulas. Com "quotas" para excelente, bom e por aí fora. E quem avalia? Colegas (os ditos "titulares") muitas vezes com menos saberes e experiência que os avaliados. Esses "avaliadores" reportam à inspecção (ou deveriam reportar, dado que a inspecção desapareceu misteriosamente no último documento que chegou às escolas). Embora sem regulamentação conhecida, o diploma "é para já". E já quer dizer a meio do ano, sem se terem previamente estabelecido objectivos, metas ou critérios.
Está criado o caldo da desconfiança, da competição e das invejas. A escola, centro da vida educativa, lugar de equipas docentes que asseguram aprendizagens, torna-se numa repartição da 5 de Outubro. Sabiam, por exemplo, que na avaliação de quem passou ou não a professor titular (casta de que se desconhece a origem e o destino) foram penalizados todos aqueles que deram faltas por doenças devidamente comprovadas? E por isso as escolas estão â beira de um ataque de nervos; os professores mais velhos querem reformar-se, os mais novos angustiam-se com os “maremotos” legislativos.
Quanto ao diploma relativo à organização e gestão das escolas, cujo período de debate "público" termina a 8/2/08, a situação é porventura ainda pior. Escolhe-se um director, que, por sua vez, escolhe todos os responsáveis de todos os cargos das escolas. Organizar as escolas assim para quê? Com que objectivos? Qualquer um de nós sabe que, tanto individualmente como em grupo, primeiro decidimos o que queremos fazer e só depois nos organizamos para o fazer. Ou não será assim?

A questão é séria: queremos uma escola pública com qualidade e equidade? Queremos que esse serviço seja assumido pelo Estado democrático? Ou queremos que o saber se venda e se compre como outro bem qualquer?
Eu quero uma escola pública forte, pois só assim ela pode contribuir para atenuar as desigualdades sociais e assegurar a todos, qualquer que seja o seu lugar de nascimento e o seu meio social, a apropriação do saber e do conhecimento que são património de todos nós e não apenas de alguns. As tentativas de retorno ao passado estão condenadas (OCDE dixit) e a mercantilização reforçará fortemente as desigualdades sociais.

Qualidade e equidade são duas faces da mesma moeda. Nem uma nem outra são contempladas na actual política educativa. Voltando aos cenários da OCDE, vejo, no fim deste puzzle, uma mistura de tentativa de retorno ao passado e de mercantilização de actividades educativas (que já começou, dos tempos livres ao inglês, por exemplo). É isso que realmente queremos?

Texto da autoria de: - Ana Benavente - Professora universitária