O ARTE VIVA - Companhia de Teatro do Barreiro levou à cena no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro o musical em título, obra escrita por ARRABAL, que concedeu ao Barreiro a honra de estar presente numa estreia de obra sua. OBRIGADO ARRABAL!
Daquilo que escreveu para o Jornal El Mundo, permitam-me que vos transcreva os seus comentários, com uma tradução um pouco aligeirada, mas muito sincera, pois tive o previlégio de o ouvir durante todo o percurso do Hotel para o Aeroporto, aquando da sua despedida de Portugal:
---" Barreiro Broadway "Sem lantejoulas ':
Tomem um avião, um comboio, um automóvel ou um cavalo e vão ao Barreiro para ver “A Grande Revista Musical do Século XX”. Não percam esta oportunidade, leitores queridíssimos. Um espectáculo formado por 21 actores portugueses amadores, que cantam e dançam, recuperando o que parecia irrecuperável. Uma noite de pânico e de gosto recuperando a tolerância da desgraça. Um espectáculo que recupera a melhor música do Século XX , do modo em que toca a sinfonia infernal e celestial de Gustavo Teixeira. Uma obra que recupera melhor da existência na Broadway, para transformá-la na gasolina do teatro. Um vestiário que recupera os ídolos para os disfarçar em anjos exterminadores. Um ritmo que recupera o compasso da Grande Maçã para levantá-lo ao “happening” pânico. Um encenação de Rui Quintas que com os seus 21 intérpretes e 20 colaboradores, recuperando-o de todo, não procura… encontra. O grupo encontrou como, porquê e quando. Não é combatido por meios possíveis porque sabe aumentar o impossível. Não quer nem mais nem menos do que o que está ao seu alcance. As máscaras são farrapos. As combinações prodigiosas. Lá, vive lá. O que significa, simboliza. Bandeiras/ toalhas, brinquedos de verdade /verdades de brinquedo. As Valkirias e Einstein, Eva Braun e a Virgem de Fátima, o Titanic e Freud. E ao grito de "a matar a matar" vemos os assassinatos de Kennedy, Garcia Lorca, Gandhi, Che Guevara, Mussolini, Lumumba, Trotsky, Rosa de Luxemburgo, Jaurès ou de Martin Luther King. Vão e vêem com María Satanas na lua enquanto o homem chega à ela."
Queridos amigos, este musical levado à cena por actores amadores do nosso Barreiro, aliás gente que merece todo o louvor e apoio dos barreirenses, apenas esteve durante 10 espectáculos. Lamenta o Grupo de Teatro não ter podido levar por diante a sua actuação, dada a polivalencia daquele Auditório. Enfim, fez o que pode. A mais não foi possível chegar.
Vem tudo isto a propósito do facto extraordinário de ter sido o Barreiro a receber ARRABAL para celebrar com o Rui Quintas, encenador no ARTE VIVA, a festa do mês do Teatro.
segunda-feira, abril 21, 2008
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