segunda-feira, julho 05, 2010
CHIPS....
---“ Amigo AR,
Achei que a sugestão de implantar um chip na cabeça de cada português tinha a sua graça e até seria uma boa ideia para nunca se perder cartões, se este mundo fosse de confiança; e não é, de todo. Mas também penso que todas as AE e todas as pontes sobre rios muito largos deveriam ser portajadas, para que o investimento público tivesse retorno e os cofres se não esvaziassem, tirando à gerações vindouras a possibilidade de fazerem as suas próprias obras públicas, empregando pessoas como os meus netos. Mas até me dispensei de comentar a notícia porque acho que o mal vem mais do fundo e não pode ser visto apenas nesta base que eu acabo de enunciar no parágrafo anterior. Por exemplo: já fiz uma ou duas vezes a estrada que passa por Vendas Novas e vai para Évora e Espanha e achei-a impecável. Até me interroguei sobre a necessidade de terem aberto uma auto-estrada que segue o traçado da estrada durante muitos quilómetros; e achei a razão, numa altura que tive pressa de chegar a Estremoz e usei a AE, pagando, é claro. Na verdade, a viagem foi mais rápida, mais cómoda e mais económica; e eu achei que, estando num país com recursos disponíveis, era óptimo haver as duas vias: uma para quem não se importe com as muitas limitações de velocidade e com a travessia de povoações e outra para quem tenha pressa e posses. Daí que, em princípio, todas estas comodidades devam ser pagas, tanto mais que contribuem para o tal retorno do investimento.
Ora não é isto que se passa, (julgo saber, pois anda aí uma confusão onde poucos se entendem). Há auto-estradas que foram abertas em cima de velhas estradas, para aproveitarem o melhor traçado e eliminaram a ligação que aquelas povoações tinham, ainda que, normalmente, com o piso estragado. Algumas povoações até ficaram pior, porque não têm acessos ali à porta e vêem-se obrigados a ir dar uma volta para entrarem e sairem da AE. Eles preferiam mil vezes que lhes arranjassem a que tinham. Mas deram-lhe a AE e prometeram que era de borla e que isso serviria para desenvolver a terra e (para ganhar votos) e toda a gente acabou por se acomodar, embora ainda tenha havido alguns focos de contestação, nos casos em que as aldeias ficavam divididas ao meio e em que os terrenos de lavoura passavam a ter um rego de 15 metros de largura, sem túnel nem passagem aérea.
Enfim, o progresso faz sempre as suas vítimas; e a malta tem que se aguentar, mesmo sabendo agora que os terrenos que lhes foram expropriados por tuta e meia, serão agora vendidos por bom dinheiro pois as AE expropriam sempre muito mais do que precisam e as franjas anexas ficam a pertencer ao Estado que tem todo o direito de as vender, ainda que eu pense que seria mais honesto vendê-las aos anteriores proprietários, pelo preço da expropriação, com alguma correcção monetária. Mas isto é política e traz sempre alguma coisa suja à mistura, mesmo sem considerar que as AE serviram maioritariamente para sacar dinheiros da Europa para os bolsos dos "patos bravos" que voam baixinho entre o PS e o PSD, conforme a estação do ano aconselha a migração. A verdade é que havia um contrato entre o Estado e as populações de que aquilo eram SCUTs e ponto final. Mais tarde passaram a ser SCUTs vírgula, enquanto o rendimento per capita dos concelhos não atingisse um determinado montante. E hoje, apesar das reiteradas promessas de nunca atraiçoar a palavra dada, saem leis a dizer SCUTs, ponto de interrogação.
Como é que os mesmos gajos que andaram a pedir votos com a promessa de não lixar a malta, vêm agora lixar o pessoal, alegando que a crise e tal... É verdade que estamos em crise, (provocada por quem tão afanosamente andou a pedir dinheiro emprestado para abrir AE que não tínhamos disponibilidades para construir); mas a crise não é geral nem se vê que o Governo dê grandes exemplos nesse campo, para além das frases habituais em que já ninguém acredita. (Ainda este ano e no fim do ano passado, foi um renovar de frotas que nunca se viu, alegadamente porque ficavam caras em manutenção. Ora a manutenção é mão de obra nacional. É emprego! E os novs carrinhos, não sendo Volkswagens, são mão de obra estrangeira. Que rico exemplo de contenção)...
Já nem falo das acessorias nem dos Institutos para gastaraem dinheiro a fazer aquilo por que os serviços públicos são pagos para fazer. Que merda é esta? Eu compreendo a revolta do interior. Afinal estão desterrados lá para os confins de Judas, tiram-lhe as escolas, tiram-lhes os centros de saúde, tiram-lhes os postos da GNR, têm de parir nas ambulâncias ou em Espanha, alegando sempre que num instante chegam ao serviço mais próximo; e agora fazem-nos pagar por isso? Cá para mim, votaram mal; e vão tornar a votar, porque vem aí a subir outro alcatruz que não vai fazer melhor. (Só espero que tenha a honestidade de nos informar com verdade). E esta malta que não pensa quando vota e depressa se arrepende e quer o divórcio? Eu acho que agora têm que aguentar e levar nas orelhas que é para ver se passam a votar melhor.
Para finalizar, ainda umas palavras sobre a actuação do Governo: primeiro era para todos pagarem com o tal chip, depois era só para algumas AE, agora é para os concelhos desfavorecidos e alguns dizem que é para os transportes comerciais. Às vezes o chip é obrigatório e outras vezes é facultativo. É de borla, mas custa 25 Euros a amortizar em viagens, começa am 01JUL mas afinal é em 01AGO, baseia-se numa lei que ainda há-de ser aprovada, se for... Que é isto? Isto, caro amigo, é o estertor de um governo chefiado por um vilão, que há-de conseguir enterrar o país até onde lhe for possível fazê-lo, (talvez seja honesto, mas duvido) e do que tenho a certeza é que é autista, teimoso e mentiroso. Não somos muito bons, mas merecíamos bem melhor. E agora voi enviar as três opiniões a toda a gente. ---“
Caros amigos leitores,
Não sei qual a posição que, eventualmente, se pretenda seja tomada em face do texto que recebi. Para mim a melhor posição, neste caso, é a de deitado, dado que nada do que ali é referido me leva a pensar de forma diferente da que a seguir apresento, de forma resumida:-
Atente-se na distribuição da AE existentes em Portugal e na Pontes que cruzam os nossos rios maiores (Tejo e Douro): - Veja-se a quantidade de AE que existem a norte do Tejo, quantas são a pagar e as que são SCUT, veja-se também as alternativas a essa AE e SCUT; Veja-se quantas Pontes têm o Rio Douro, só na zona do Grande Porto, e quantas são as que têm portagem; Veja-se a quantidade de AE que existem a sul do Tejo, quantas são a pagar e as que são SCUT, veja-se também as alternativas a essa AE e SCUT; Portagem; Veja-se quantas Pontes têm o Rio Tejo, só na zona da Grande Lisboa, e quantas são as que têm Portagem; Feitas as contas, sem considerar (porque não devem ser considerados) as posições regionalistas e/ou separatismos (Norte/Sul), as demagogias e/ou ideologias políticas, pergunto:
Com que direito é que o Sr Presidente da Câmara do Porto (sem ter sido mandatado para tal - penso eu) vem dizer para a comunicação social que " o povo do norte está prestes a revoltar-se". Então e o povo do Sul, que apenas tem uma SCUT que não paga (a via do Infante) e que quanto a pontes na Grande Lisboa apenas a Ponte Marechal Carmona (em Vila Franca de Xira) não tem, agora, portagem? Será que devemos pagar e continuar a pagar para que "o povo do norte" possa continuar a passear nos seus "Bólides de alta cilindrada" (Ferrari e afins) sem pagar, não lhe sendo aplicado a máxima (Utilizador-Pagador) que serviu há uns anos para repor a portagem na CREL? Recordo-me do saudoso Raul Solnado, que há mais de 35 anos, no programa ZIP-ZIP, já analisava esta problemática, tendo feito uma sátira ao pagamento das portagens, dizendo que: "Nós, no Porto, não pagamos Lisbonagem , mas vocês, aqui em Lisboa, pagam Portagem". Desde então o problema ainda se agravou mais.
Do meu ponto de vista ou há moral ou pagam todos. Se isenções ou reduções tiverem que ser decretadas, por uma questão de justiça social e/ou até empresarial, que sejam objectivamente definidas e limitadas no tempo.
Um abraço
PS: Não sei se existe muita gente a partilhar esta forma de ver o problema, de qualquer modo gostava de saber a tua opinião.
Reencaminho este artigo feito por um amigo que não identifico por razões óbvias, para reflectirem e se possível tomarem uma posição.
Acabo de enviar esta msg, com 471 palavras, para os seguintes jornais Diários:
24 Horas, Correio da Manhã, Diário Económico, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Publico, Oje, O Primeiro de Janeiro, I; e Semanários:
Exame, Expresso, Focus, Jornal de Negócios, Premio, Publica, Sábado, Semanário, Sol, Visão, O Diabo, e para a TVI, SIC; Rádios, Rádio Renascença
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-por que diabo é que governantes e deputados invocam o princípio do utilizador-pagador para imporem as portagens nos IC>SCUT>AE, com tanta gente a aplaudi-los, e fazem-nas pagar os proprietários dos veículos sem que estes sejam os verdadeiros e efectivos utilizadores, que são os condutores dos veículos, passageiros e outros ocupantes (cães e gatos, e mercadorias), que são quem deve pagar, não, isso não é impraticável, pelo contrário, nos termos da moral vigente entre estes políticos, basta porem mais uma leizinha cá fora a mandar-nos a todos implantar (uma pequena intervenção cirúrgica indolor! e baratinha!) um chipzinho nas nossas cabeças (já é técnica corrente nos meios científicos para observação das migrações de animais, e também na vida social para os donos dos lulús saberem por onde eles param), e até, como brinde, dava o chip e a implantação de borla aos primeiros dez milhões e meio de cidadãos que o procurassem, como dá o chip de borla aos veículos que o procurem até ao fim doa ano, claro que os chips nas chapas de matrícula dos veículos (donde, claro, não podem ser roubados!) também têm outras serventias, que foram invocadas como pretexto para defender a sua legitimidade, tais como a de, em caso de circulação de veículos roubados, as portagens ficarem pagas (e assim também nos casos de matrículas falsas - as tapadas, não sei!), pois os proprietários deles têm que pagar na mesma, ou a de o chip ajudar a encontrá-los, ou a de os chips para veículos serem úteis e necessários porque ajudam a localizar viaturas desaparecidas, assim também os chips personalizados ajudariam a localizar pessoas perdidas, ou sequestradas, a saber por onde é que os cidadãos andam e com quem, com quem viajaram quando e até onde, com quem jantaram, com quem dormiram, a acabar com essa infame pulseira para os coitados dos patifes detidos em casa, ou a reconhecer assaltantes, por saber-se em cada momento onde está cada cidadão, perdão, cada terrorista, para isso ajudando aliviarem-se processos penais e sentenças penais e execução delas para que os patifes venham cá para fora continuar a fazer das suas (já temos câmaras de video-vigilância por toda a parte, aceites como medida de combate à criminalidade!, o novo bilhete de identidade, aceite como medida de combate à burocracia!, a bisbilhotice das contas bancárias, aceite como medida de combate aos tráficos mais diversos, aos "branqueamentos" de dinheiro!, etc.!), evita-se a tentação de não pagar, pois, se ninguém pagar, os tribunais, que já têm tanto que fazer, não vão dar conta do recado, pelo que mais vale isso do que fazer uma outra leizinha para dar prioridade aos processos respectivos, e os de crimes de corrupção e outros ficam à espera de vez, como há pouco se fez e disso se disse tanto mal... (valha-nos S. BigBrother!).
Cidadão Português
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