sexta-feira, setembro 10, 2010

PÁTRIA QUE ME PARIU!


Mandaram há já algum tempo, via email e sem identificação um texto com o título em epígrafe, que me impressionou bastante. Mesmo sem saber quem o escreveu, passo a transcreve-lo para que todos os meus amigos o leiam:

Pátria que me pariu

Uma prostituta chamada Brasil se esqueceu de tomar a pílula e a barriga cresceu.
Um bébé não estava nos planos dessa pobre meretriz de dezassete anos. Um aborto era uma fortuna e ela sem dinheiro. Teve que tentar fazer um aborto caseiro. Tomou remédio, tomou cachaça, tomou purgante, Mas a gravidez era cada vez mais flagrante. Aquele filho era pior que uma lombriga. E ela pediu p’ra um mendigo esmurrar sua barriga, E a cada chuto que levava o moleque revirava lá de dentro. Aprendeu a ser um feto violento, um feto forte. Escapou da morte. Não se sabe se foi muito azar ou muita sorte, mas nove meses depois foi encontrado, com fome e com frio, abandonado num terreno baldio.
Pátria que me pariu !
Quem foi a pátria que me pariu?
Quem foi a pátria que me pariu?

A criança é a cara dos pais, mas não tem pai, nem mãe. Então qual é a cara da criança? A cara do perdão ou da vingança? Será a cara do desespero ou da esperança? Num futuro melhor, um emprego, um lar... Sinal vermelho, não dá tempo p’ra sonhar. Vendendo bala, chiclete... Num fecha o vidro que eu num sou pivete. Eu num vou virar ladrão se você me der um leite, um pão, um video-game e uma televisão. Uma chuteira e uma camisa do mengão. Pra eu jogar na selecção, que nem o Ronaldinho. Vou p’ra Copa, vou p’ra Europa... Coitadinho! Acorda, Moleque! Cê num tem futuro ! Seu time não tem nada a perder e o jogo é duro!
Você num tem defesa, então ataca! P’ra num sair de maca. Chega de bancar o babaca.
Eu num aguento mais dar murro em ponta de faca. E tudo que eu tenho é uma faca na mão. Agora eu quero o queijo. Cadê? Tô cansado de apanhar.Tá na hora de bater!

Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?
Quem foi a pátria que me pariu?

Mostra a tua cara, moleque! Devia tá na escola, mas tá cheirando cola.
Fumando um beck. Vendendo Brizola e crack. Num joga bola.Mas tá sempre no ataque. Pistola na mão, Moleque sangue-bom.
É melhor correr por que lá vem o camburão. É matar ou morrer! São quatro contra um! (Eu me rendo!). Bum! Clá-clá! Bum! Bum! Bum! Boi, boi da cara preta. Pega essa criança com um tiro de escopeta. Calibre Doze, na cara do Brasil Cidade. Catorze; Estado civil: Morto.
Demorou, mas a sua Pátria Mãe Gentil conseguiu realizar o aborto.

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