quarta-feira, junho 16, 2010

PORTUGAL...EX!


TRAPALHADA FISCAL
O problema destes cavalheiros (que desgraçadamente nos desgovernam) é que já nem sabem orquestrar, entre eles, as posições públicas.
O que se passou no caso do aumento dos impostos é, a todos os títulos, revelador da confusão legal (e mental?) desta camarilha no poder; parece que nem sabem os mais básicos princípios constitucionais da fiscalidade. Por isso, avançam primeiro com uma Tabela de Retenções de IRS de acordo com uma Lei ainda não apresentada nem discutida no Parlamento. Qualquer caloiro de Direito Fiscal sabe isto. O governo já se deve ter esquecido.
PORTUGAL, PAÍS SEGURO?
O padre de Montalegre e o Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo são indivíduos pitorescos num Mundo contraditório.
Tenho dificuldade em encará-los como meros casos de polícia. O fenómeno da detenção ilegal de armas por estas pessoas, transcende essa análise.
É possível que tenham genuinamente medo. Sim, medo de um ambiente em que não se conseguem situar e pensam que a detenção de uma arma lhes dá a tranquilidade que não encontram noutros contextos sociais.

FMI, SEM FMI
Parece que o Governo, tomado de pânico pelas oscilações erráticas dos mercados, numa co-decisão “Blitz” com o governo Zapatero, pretendeu tranquilizar os parceiros e investidores (leia-se “predadores”) financeiros, para não exagerarem nos juros da dívida pública. Não só não o vão conseguir, como vai agravar a tendência recessiva da nossa economia, com as medidas de “austeridade” aprovadas, resultantes de um assustador autismo e de uma festiva irresponsabilidade em ano eleitoral, bem como de duas décadas de políticas financeiras e económicas delirantes, em que os ministros da Economia e Finanças – os mesmos que foram aconselhar (?) o Presidente da República, outro ministro das ex-Finanças!? – não perceberam o essencial: que a liberalização do comércio mundial e o fim das barreiras alfandegárias, e a aquisição da dívida pública, tornariam o Mundo refém da China. O cenário de ontem, é hoje uma realidade. O Governo ainda não terá atingido esse patamar de constatação; talvez há um ano – como disse Campos e Cunha – já fosse demasiado tarde. O doente vai provavelmente “morrer da cura”.
Sim, acho que as medidas de “austeridade” tomadas, não seriam exigidas pelo FMI. Foram um impulso, tardio, inoportuno, inadequado e irreflectido. Vamos pagá-la muito caro.
E este é o mesmo Governo que agora apregoa a necessidade do “contributo de todos” num esforço patriótico, quando antes detinha as verdades absolutas, alienando a massa crítica da população que poderia, num outro projecto de poder, ter sido conquistada e protagonizar mudanças efectivas e reformar o que precisava de ser reformado.
Não só as “reformas” foram um logro (Educação, PRACE, Justiça, Saúde, Emprego, Ensino Superior, SIADAP, Administração Pública, Fiscalidade, etc…), como arriscaria dizer que tudo está pior do que em 2004. Desgradaçamente!

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