terça-feira, junho 01, 2010

PORTUGALEX.....I

O ENGANO EUROPEU

Artigo de Opinião inserto hoje no Diário METRO, por Manuel Falcão

---“ Durante anos gerações de políticos tentaram vender-nos a ideia de que a Europa seria a solução para todos os nossos males e o remédio para todas as nossas dificuldades. Como agora dramaticamente se verifica, a Europa está no centro da origem da crise e o entendimento político foi mandado às urtigas em nome das necessidades económicas. O grande papel da União Europeia nos últimos anos foi o de incentivar a destruição dos sistemas de produção nos países mais pequenos e periféricos, comprando-os com subsídios e estimulando a sua transformação em mercados consumidores de produtos importados, nomeadamente para as exportações alemãs e francesas. No caso português os investimentos da União Europeia foram no sentido de destuir culturas agrícolas, de limitar a actividade pesqueira, de construir infra-estruturas que facilitassem a logística do consumo. O resultado está à vista – temos a maior zona económica exclusiva da Europa, em termos de orla marítima mas deixámos que as limitações que nos foram sendo impostas destruíssem a nossa frota pesqueira. A ideia Europeia cresceu nestes paradoxos. No caso português, verificamos hoje que aumentámos em muito a nossa dependência do exterior, passámos a importar o impensável – até alhos, por exemplo. As exportações foram caindo, as indústrias foram encerrando, os campos largados ao abandono. A nossa maior exportação tem sido mandar para cargos internacionais ex-primeiros-ministros. É pouco.
A Europa politicamente correcta fomentou a ideia de que tudo seria sempre fácil, que os subsídios viriam sempre – criou a ilusão de que este admirável mundo novo iria durar sempre – o despesismo público, o crédito infindável, o gasto descontrolado. De certa forma, a ideia do Socialismo – a criação de riqueza e a sua distribuição – confundiu-se com o ideal Europeu. Parecia que havia dinheiro a rodos, para sempre. Mas afinal acabou por se descobrir a verdade mais antiga da História: SÓ SE DEVE GASTAR AQUILO QUE SE TEM. SÓ GERA RIQUEZAS ON QUE SE PRODUZ. ---“

PERGUNTA-SE – Mas afinal de contas, o que tem andado a fazer tantos políticos barras em economia, que sempre deixaram andar as coisas ao sabor dos grandes senhores desta velha Europa? Note-se que nem o nosso Ilustre Presidente da República conseguiu nestes anos em que por cá tem andado a gerir, tomar conhecimento destas pequenas verdades. E se o tomou, pergunta-se – Porque não comunicou ao Povo?

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